terça-feira, 30 de abril de 2013
Dois dos mais pequenos exoplanetas descobertos situam-se em Kepler 20
Luxemburgo, 30 de Abril - Dois dos mais pequenos planetas descobertos fora do Sistema Solar têm dimensões semelhantes às da Terra e orbitam uma estrela parecida com o Sol.
O método de precisão usado permitiu à sonda norte-americana Kepler, da NASA, em Dezembro de 2011, detectar os pequenos exoplanetas [planetas fora do sistema solar], que orbitam uma estrela baptizada Kepler 20.
O diâmetro de um dos pequenos planetas ultrapassa pouco mais (três por cento) o da Terra e o do outro é ligeiramente mais pequeno (três por cento) que o do ‘planeta azul’.
Bem mais próximos da sua estrela do que a Terra do Sol, os dois novos exoplanetas percorrem a sua órbita em menos de uma semana ou um mês.
São rochosos como a Terra, mas as suas temperaturas à superfície são demasiado elevadas para permitir vida como a conhecemos. O sistema extra-solar da estrela Kepler 20, situado a mil anos-luz da Terra, inclui mais três planetas, maiores, com tamanho similar ao de Neptuno.
Dos cerca de 700 exoplanetas descobertos e confirmados desde 1995, a vida é apenas possível em muitos poucos, estimam os cientistas.
De acordo com os astrónomos, actualmente apenas alguns exoplanetas se encontram na “zona habitável” (goldilock zone), onde a água pode ser detectada em estado líquido e, desta forma, a vida, como a conhecemos, ser possível.
Três destes são Kepler 22, a cerca de 600 anos-luz da Terra, Gliese 581d e HD 85512b, a dezenas de anos-luz da Terra.
Lançada em Março de 2009, a sonda Kepler tem por missão observar mais de cem mil estrelas semelhantes ao Sol, visando a detecção de "exoplanetas-irmãos" da Terra susceptíveis de acolher vida.
A sonda já descobriu meia centena de exoplanetas e recenseou 3.326 “planetas candidatos”, que continuam por confirmar por outros métodos.
Fontes: Nasa/Lusa
Foto: Nasa
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Uma Super-Terra a 23 anos-luz de nós
Luxemburgo, 26 de Abril - O planeta mais parecido com o nosso e mais próximo, até agora descoberto, fica "apenas" a 23 anos-luz de distância. Faz parte de um sistema estelar triplo (três estrelas).
Trata-se do planeta Gliese 667 Cc, que é quatro vezes maior que a Terra e, pelas suas características, é considerado "irmão" do nosso.
Durante seis anos, uma equipa de cientistas do Observatório Europeu do Sul-ESO (European Southern Observatory, situado no Chile) sondou graças ao espectógrafo "caçador de planetas" HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher) uma amostra de 102 estrelas anãs vermelhas da nossa galáxia e descobriu nove (9) Super-Terras, entre elas Gliese 667Cc.
O HARPS permitiu descobrir que as Super-Terras (planetas entre uma e dez vezes maiores que o nosso) são muito comuns na zona habitável ("zona de vida" ou "goldilock zone") das estrelas mais comuns da nossa galáxia, as anãs vermelhas de fraca luminosidade.
As anãs vermelhas (ou anãs M) constituem cerca de 80 por cento das estrelas da nossa galáxia (c. 160 mil milhões de estrelas) e destas, cerca de 41 por cento têm uma Super-Terra na sua órbita, na zona de vida, isto é, onde pode existir água líquida na superfície do planeta. As anãs vermelhas são mais frias e de mais fraca intensidade que o nosso Sol, que é uma anã amarela (ou anã G).
Xavier Bonfils, da equipa de cientistas do ESO que fez esta descoberta, estima que há dezenas de milhares de planetas deste tipo na Via Láctea e cerca de uma centena só na vizinhança imediata do nosso Sol, ou seja, a menos de 30 anos-luz (como é o caso de Gliese 667Cc).
A equipa descobriu igualmente que planetas gigantes (entre 100 e 1000 vezes maiores que a Terra), normalmente planetas gasosos, do tipo Júpiter ou Saturno, são mais raros em torno das anãs vermelhas (apenas 12 por cento).
Esta descoberta vai facilitar a procura de planetas em que a vida é possível, já que avalia a percentagem das possibilidades de Super-Terras em torno das estrelas mais comuns da nossa galáxia.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Missão Kepler descobre mais tres Super Terras
Os astrónomos da NASA acabam de detectar mais dois sistemas estelares (a estrela Kepler 62 e a estrela Kepler 69), a cerca de 1.000 e 1.200 anos-luz respectivamente (na Constelação da Lira), onde descobriram tres Super Terras, exoplanetas que orbitam a sua estrela na zona habitável e que podem abrigar vida como a que conhecemos no nosso planeta.
Kepler-62f (a letra designa a posição do planeta no seu sistema) é cerca de 40 por cento maior do que a Terra e pode ter uma consistencia rochosa.
O exoplaneta Kepler-62e orbita o limite interno da zona habitável da sua estrela e tem um tamanho cerca de 60 por cento maior do que a nossa Terra.
O terceiro exoplaneta, Kepler-69c, é 70 por cento maior do que a Terra, orbita a sua estrela na zona habitável em 242 dias, no que se assemelha ao nosso vizinho Vénus, mas os cientistas não tem certezas sobre a sua consistencia.
Kepler-62f (a letra designa a posição do planeta no seu sistema) é cerca de 40 por cento maior do que a Terra e pode ter uma consistencia rochosa.
O exoplaneta Kepler-62e orbita o limite interno da zona habitável da sua estrela e tem um tamanho cerca de 60 por cento maior do que a nossa Terra.
O terceiro exoplaneta, Kepler-69c, é 70 por cento maior do que a Terra, orbita a sua estrela na zona habitável em 242 dias, no que se assemelha ao nosso vizinho Vénus, mas os cientistas não tem certezas sobre a sua consistencia.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Um pénis em Marte: Curiosity envia fotos do planeta vermelho que embaraçam Nasa
Foto 1 |
As últimas fotos enviadas pelo Rover Curiosity, cuja missão é explorar o planeta vermelho, mostram um rasto que este deixou no solo de Marte e que se assemelham a um sexo masculino (foto 1).
Os especialistas da Nasa não sabem explicar a razão pela qual o robot 4x4 deu meia volta e girou em dois círculos a dada altura do seu passeio marciano, hesitando no seu itinerário, de tal modo que desenhou com os pneus na superfície poierenta algo semelhante a um pénis.
Embaraçada, a Nasa depressa se apressou a retirar a imagem da internet, substituindo o ângulo da foto (foto 2).
Foto 2 |
Tarde demais, a imagem tinha "vazado" na internet, graças ao site Reddit, e sido partilhada milhares de vezes.
Os cientistas da Nasa esperam por certo que uma tempestade de poeira apague o mais depressa possível o esquisso fálico.
"Passeio" do Curiosity em Marte dura até 2014
O robot Curiosity pousou em Marte em Agosto de 2012 e tem como missão explorar toda a região do cratera Gale até 2014. O cratera Gale tem 150 km de diâmetro e situa-se junto à zona Elysium Planitia, onde se pensa ter existido um antigo lago, no Quadrângulo de Elysium (Mars Chart 15 ou MC-15).
Marte está dividido em 30 quadrângulos, divisão estabelecida pelo Programa de Pesquisa de Astrogeologia do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Até agora, o Rover Curiosity descobriu alguns leitos de antigos rios, recolheu algumas rochas e pouco mais, pelo que tem sido uma missão pouco cativante para o público, mesmo se está a ser de grande interesse científico. Pelo que não é de espantar o facto de os internautas terem saltado sobre esta ocasião de tornar a missão do Curiosity um pouco mais "empolgante".
Fotos: Nasa
terça-feira, 23 de abril de 2013
Um planeta-oceano
Luxemburgo, 23 de Abril - Em Fevereiro de 2012, a NASA anunciou que tenho descoberto um novo tipo de planeta, composto em grande parte por água e com uma leve atmosfera de vapor, podendo assim ser considerado um planeta-oceano.
O exoplaneta (os planetas fora do nosso sistema solar) denominado GJ1214b, observado em 2009 pelo telescópio espacial Hubble, está situado a 40 anos luz da Terra, tem um órbita de 38 horas em volta de uma anã vermelha (Gliese-Jarheiss 1214).
Desde a Terra, o planeta pode ser avistado no céu na direcção da Constelação de Ophiuchus (Serpente ou Serpentário).
O planeta tem uma temperatura estimada de 232 graus Celsius, tem 2,7 vezes o tamanho do nosso e sete vezes o seu peso, sendo assim considerado uma "Super-Terra". É, no entanto, mais pequeno que Neptuno (ver imagem).
As medições e observações da passagem do planeta Gliese J1214b diante do seu sol permitiram mostrar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, composta de vapor. Na realidade, uma nuvem de gases envolve totalmente o planeta. Os cientistas calcularam a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, e concluiram que este dever ter "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha", no que pode ser considerado um planeta-oceano.
Um planeta com estas características é algo há muito imaginado pelos autores de ficção-científica, mas nunca avistado... até 2012.
No nosso sistema solar existem apenas três tipos de planetas: - rochosos (telúricos): Mercúrio, Vénus, Terra e Marte - gigantes gasosos: Júpiter e Saturno - gigantes gelados: Urano e Neptuno
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Na nossa galáxia, estrelas com planetas são a regra e não a excepção
Luxemburgo, 19 de Abril - Uma equipa internacional, que inclui três astrónomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), utilizou a técnica de microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na Via Láctea.
Após uma busca que durou seis anos e onde observaram milhões de estrelas, a equipa concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a excepção.
Durante os últimos 16 anos, os astrónomos detectaram mais de 700 exoplanetas(*1) (planetas fora do sistema solar) e começaram a estudar os espectros e as atmosferas desses mundos. Embora o estudo das propriedades dos exoplanetas individuais seja extremamente importante, uma questão básica permanece: quão comuns são os planetas na Via Láctea?
A maioria dos exoplanetas conhecidos foram encontrados ou pelo efeito gravitacional que exercem sobre a sua estrela ou por passagem em frente da estrela diminuindo-lhe ligeiramente o brilho. Ambas as técnicas são muito mais sensíveis a planetas que ou são de grande massa ou se encontram próximo das suas estrelas. Por consequência, muitos planetas terão escapado a estes métodos de detecção.
Uma equipa internacional de astrónomos procurou exoplanetas utilizando um método totalmente diferente - as microlentes gravitacionais - o qual permite detectar planetas num grande intervalo de massas e também os que se encontram muito mais afastados das suas estrelas.
Arnaud Cassan (Institut d’Astrophysique de Paris), autor principal do artigo na Nature explica: “Durante seis anos procurámos evidências de exoplanetas a partir de observações de microlentes. Curiosamente, os dados mostram que os planetas são mais comuns na nossa galáxia do que as estrelas. Descobrimos também que os planetas mais leves, tais como as Super-Terras ou Neptunos frios, são mais comuns do que os planetas mais pesados.”
Os astrónomos utilizaram observações, fornecidas pelas equipas PLANET e OGLE (*2) , nas quais os exoplanetas são detectados pelo modo como o campo gravitacional das suas estrelas, combinado com o de possíveis planetas, actua como uma lente, ampliando a luz de uma estrela de campo de fundo.
Se a estrela que actua como uma lente tem um planeta em órbita, esse planeta pode contribuir de forma detectável ao efeito de brilho provocado na estrela de fundo. Jean-Philippe Beaulieu (Institut d’Astrophysique de Paris), líder da rede PLANET acrescenta: ”A rede PLANET foi fundada para seguir os efeitos de microlente que se mostravam promissores, com uma rede de telescópios em todo o mundo, situados no hemisfério sul, desde a Austrália e África do Sul até ao Chile. Os telescópios do ESO contribuíram de forma significativa para estes rastreios.”
As microlentes gravitacionais são uma ferramenta poderosa, com o potencial de conseguirem detectar exoplanetas que não poderiam ser descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o alinhamento, bastante raro, entre a estrela de fundo e a estrela que actua como lente para que possamos observar este evento. E para descobrir um planeta é preciso ainda que a órbita do planeta se encontre igualmente alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.
Embora encontrar um planeta por meio de microlente esteja longe de ser uma tarefa fácil, nos seis anos de procura utilizando dados de microlente para a análise, três exoplanetas foram efectivamente detectados nas buscas PLANET e OGLE: uma Super-Terra (planeta com uma massa entre duas a dez vezes a da Terra) e planetas com massas comparáveis à de Neptuno e de Júpiter.
Dois terços das estrelas da nossa galáxia têm Super-Terras
Em termos de microlente este é um resultado excepcional. Ao detectar três planetas, ou os astrónomos tiveram imensa sorte e acertaram no jackpot apesar da baixa probabilidade, ou os planetas são tão abundantes na Via Láctea que este resultado era praticamente inevitável.
Os astrónomos combinaram seguidamente a informação sobre os três exoplanetas detectados com sete anteriores detecções e com um enorme número de não-detecções durante os seis anos do trabalho. A conclusão foi que uma em cada seis estrelas estudadas possui um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade têm planetas com a massa de Neptuno e dois terços têm Super-Terras.
O rastreio era muito sensível a planetas situados entre 75 milhões de quilómetros e 1.5 mil milhões de quilómetros de distância às suas estrelas (no Sistema Solar estes valores correspondem a todos os planetas entre Vénus e Saturno) e com massas que vão desde cinco massas terrestres até dez massas de Júpiter. A combinação destes resultados sugere que o número médio de planetas em torno de uma estrela seja maior que um. Ou seja, os planetas serão a regra e não a excepção.
“Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na nossa galáxia. Mas agora parece que literalmente milhares de milhões de planetas com massas semelhantes à da Terra orbitam estrelas da Via Láctea”, conclui Daniel Kubas, co-autor do artigo científico.
Este trabalho foi apresentado no artigo científico “One or more bound planets per Milky Way star from microlensing observations”, por A. Cassan et al., no número de 12 de Janeiro de 2012 da revista Nature.
Fonte e Foto: ESO
[*1] A missão Kepler está a descobrir um número enorme de candidatos a exoplanetas, os quais não se encontram incluídos neste número.
[*2] Sigla do inglês “Probing Lensing Anomalies NETwork”. Mais de metade dos dados do rastreio PLANET utilizados neste estudo foram obtidos com o telescópio dinamarquês de 1.54 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO./ OGLE: Sigla do inglês “Optical Gravitational Lensing Experiment”. Foto: ESO
terça-feira, 16 de abril de 2013
Descoberto planeta com quatro sóis
representação artística do sistema estelar de quatro sóis |
Quem desse planeta puder observar os céus, vê quatro sóis, quatro nasceres de sol, quatro crepúsculos.
Apesar de popularizado em muitas obras de ficção científica (por exemplo "Dune" ou "Star Wars"), é a primeira vez que um sistema estelar deste tipo é observado.
O planeta, baptizado PH1 (Planet Hunters 1), é seis vezes maior do que a Terra e fica situado a mais de cinco mil anos-luz da Terra.
O PH1 orbita em torno de dois sóis, em volta dos quais também evoluem duas outras estrelas.
Até hoje, os astrónomos descobriram apenas 6 planetas que orbitam em sistemas binários e nunca em sistemas binários duplos. Este sistema estelar binário duplo foi descoberto por dois astrónomos amadores dos EUA, Kian Jek e Robert Gagliano, através do programa Planet Hunters. Este programa reagrupa num site os astrónomos amadores, incentivando-os a descobrirem e identificarem exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar), utilizando os dados recolhidos pelo telescópio espacial Kepler. Astrónomos profissionais norte-americanos e britânicos efectuaram observações e medidas posteriores com os telescópios Keck, situados no monte Mauna Kea, no Havai.
"Os planetas binários representam o que há de mais extremo na formação planetária", diz Meg Schwamb, um investigador da Universidade de Yale, no Estado do Connecticut, principal autor da pesquisa, apresentada na conferência anual da Divisão de Planetologia da Sociedade Americana de Astronomia, reunida em Reno, no Nevada (EUA).
"A descoberta de tais sistemas satelitários força-nos a repensar como estes planetas se podem formar e evoluir em tais ambientes", frisou.
Fontes: Lusa/AFP/Yale
domingo, 14 de abril de 2013
Classificação científica dos ...extraterrestres (?)
Cosmic Connexion : Classification du vivant... par Cargo_Films
Luxemburgo, 14 de Abril - Um documentário franco-alemão sério (mas com humor) que tenta o impensável, o indescritível, o inclassificável: classificar de forma científica os extraterrestres que pululam no nosso imaginário, popularizados pela literatura de ficção-científica, cinema e televisão desde o século XIX.
Uma pequena jóia que explora o futuro possível da exobiologia, um filmezinho com muita piada e deveras instrutivo. Talvez um dia venha a ter uma aplicação prática...
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Erupção solar provoca aurora boreal sobre o Luxemburgo: visível este sábado
Luxemburgo, 12 de Abril - Uma poderosa erupção de massa coronal do Sol, que ocorreu na quinta-feira de manhã, cerca das 9h16, deverá atingir a Terra neste sábado, entre as 9 e as 22h.
Assim, no serão de sábado e na madrugada de sábado para domingo, deverá ser possível olhar em direcção do norte e ver uma aurora boreal sobre a Bélgica e o Luxemburgo, informam esta noite os jornais online belgas (Le Soir, L'Avenir, L'Express/Le Vif, etc.), citando o observatório belga Urania.
Isto, se certas condições estiverem reunidas: céu limpo e um local de observação bastante escuro (ao abrigo das luzes urbanas).
As auroras boreais são muito comuns no círculo polar e regiões vizinhas, mais raras nestas latitudes do continente europeu. Quando são visíveis nas nossas regiões, isso significa uma maior actividade solar.
Esta é, assim, uma ocorrência rara. No entanto, os meteorologistas belgas prevêm que haja apenas 30 por cento de possibilidades de observar em boas condições a aurora boreal devido às condições meteorológicas desfavoráveis que se prevêm para o dia e o serão de sábado.
Uma aurora boreal
O que é uma aurora boreal?
A aurora polar é um fenómeno luminoso, um brilho difuso composto por linhas e/ou cortinas coloridas, em movimento, observado no céu nocturno nas regiões polares, na sequência do impacto de partículas carregadas de vento solar e da poeira espacial com a alta atmosfera da Terra, "apanhadas" pelo campo magnético terrestre.
Quando o fenómeno ocorre no hemisfério norte é uma aurora boreal ("boreal" = Norte), no hemisfério sul é uma aurora "austral" (sul).
Sobre o (norte do) continente europeu, ocorrem habitualmente entre Setembro e Outubro e de Março a Abril.
Quando a erupção solar é potente (actividade intensa solar), os ventos solares são mais fortes e as auroras boreais e austrais estendem-se além dos círculos polares e podem ir até às zonas mais próximas do equador.
As diferentes cores das auroras polares
Os diferentes gases que se misturam às partículas do vento solar quando estas entram em contacto com o campo magnético terrestre ditam as cores que compõem as auroras polares.
Azul e vermelho: Azoto
Verde: mistura de azul e vermelho
Verde e vermelho: Oxigénio
Nota: A atmosfera terrestre é composta essencialmente por azoto e oxigénio.
Imagens: Nasa
Esta noite, a ISS passa sobre o Luxemburgo
Luxemburgo, 12 de Abril - A Estação Espacial Internacional ISS vai passar esta noite sobre o Luxemburgo. Se o céu estiver limpo, poderá ser visível a olho nu.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Um asteróide chamado Portugal
Luxemburgo, 11 de Abril - O asteróide 3933 Portugal (1986 EN4) foi descoberto em 12 de Março de 1986 pelo astrónomo dinamarquês Richard Martin West, no Observatório La Silla (ESO), no Chile.
É um pequeno corpo celeste, irregular e de cor escura, planetóide (troiano), proveniente da cintura principal externa de asteróides, tem cerca de 10 km de diâmetro, orbita o sol entre Marte e Júpiter, a 485 milhões de km do Sol (cerca de três vezes mais afastado do que a Terra), com uma órbita quase circular de 5,9 anos (2.137 dias) em torno da nossa estrela. Apresenta uma órbita caracterizada por um semi-eixo maior de 3,2479002 UA e com uma exentricidade de 0,0967363, inclinada de 1,70434° relativamente à elíptica.
O nome de baptismo "Portugal" aconteceu para comemorar a adesão de Portugal à organização astronómica do Observatório Europeu do Sul (ESO), em 1990.
Segundo o Jet Propulsion Laboratory, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, da NASA, este asteróide foi avistado pela primeira vez em 1953 e pela última vez a 7 de Janeiro de 2013.
Os astrónomos amadores Alberto Fernando, José Ribeiro, e Filipe Alves conseguiram captar imagens de 3933 Portugal em 2004, e em 2009 foi a vez de João Gregório (imagem supra) também conseguir fazer fotos ao asteróide
Mais informações em http://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi?sstr=3933.
É um pequeno corpo celeste, irregular e de cor escura, planetóide (troiano), proveniente da cintura principal externa de asteróides, tem cerca de 10 km de diâmetro, orbita o sol entre Marte e Júpiter, a 485 milhões de km do Sol (cerca de três vezes mais afastado do que a Terra), com uma órbita quase circular de 5,9 anos (2.137 dias) em torno da nossa estrela. Apresenta uma órbita caracterizada por um semi-eixo maior de 3,2479002 UA e com uma exentricidade de 0,0967363, inclinada de 1,70434° relativamente à elíptica.
O nome de baptismo "Portugal" aconteceu para comemorar a adesão de Portugal à organização astronómica do Observatório Europeu do Sul (ESO), em 1990.
Segundo o Jet Propulsion Laboratory, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, da NASA, este asteróide foi avistado pela primeira vez em 1953 e pela última vez a 7 de Janeiro de 2013.
Os astrónomos amadores Alberto Fernando, José Ribeiro, e Filipe Alves conseguiram captar imagens de 3933 Portugal em 2004, e em 2009 foi a vez de João Gregório (imagem supra) também conseguir fazer fotos ao asteróide
Mais informações em http://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi?sstr=3933.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Nasa prepara motor "warp", com base no conceito de Miguel Alcubierre
imagem 1 |
Harold White e uma equipa da NASA estão a desenvolver um motor supra-lumínico, que permita propulsar uma nave mais rápida do que a velocidade da luz, condição sine qua non para tornar as viagens interestelares e mesmo intergalácticas possíveis para o Homem.
Com a tecnologia de propulsão actual, uma viagem até à estrela mais próxima de nós, Proxima do Centauro (a 4 anos-luz de distância), dura milhares de anos. Graças a um motor supra-lumínico, essa viagem pode ser reduzida para duas semanas, diz White.
A equipa de White está a apoiar-se no conceito "warp" de dobra espacial do físico mexicano Miguel Alcubierre, publicado em 1994 e que causou debates polémicos no mundo científico.
O conceito de Alcubierre propõe dobrar o espaço em frente da nave, e expandi-lo atrás a uma velocidade superior à da luz, por forma a criar uma "bolha" que viaje no espaço distorcido (imagem 2). Dentro da bolha, o espaço permanece imóvel, ou seja, naves e tripulantes não seriam afectados pela velocidade e pela distorção.
imagem 2 |
Para já, o motor supra-lumínico que está a ser construído é uma miniatura. Quando estiver activado, a NASA estudará a construção de um de maior escala e como aplicá-lo a uma nave. Uma pesquisa que pode ainda levar décadas.
Imagens: www.techno-science.net e AllenMcC/Wikipedia
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Descobertas duas estrelas vizinhas do nosso Sol, a cerca de 6,5 anos-luz
Imagem: Janella Williams / Penn State University |
Este é o sistema estelar mais perto de nós, logo depois do sistema triplo de Alfa do Centauro (Proxima do Centauro e Alfa do Centauro A e B, a cerca de 4,5 anos-luz) e a Estrela de Barnard (a 6 anos-luz de nós).
As duas novas vizinhas são anãs castanhas e foram baptizadas Wise 1049-5319 pelo astrofísico Kevin Luhman, da Universdidade de Penn State, que estudou os dados recolhidos durante 13 meses pelo satélite Wise em 2010 e 2011.
Se só agora foram detectadas foi porque se tratam de duas estrelas "apagadas",ou seja, são demasiado pequenas para que as forças da gravidade tenham podido despoletar a fusão nuclear no núcleo planetário. Ou seja, não emitem luz visível e são assim impossíveis de observar a olho nu. O satélite Wise conseguiu detectá-las porque observa os céus no campo dos infra-vermelhos, o que lhe permitiu detectar duas fontes de calor naquela região do espaço.
O estudo foi publicado este mês no The Astrophysical Journal Letters
terça-feira, 2 de abril de 2013
Buzz Aldrin: "Já fomos à Lua, rumemos a Marte!"
Buzz Aldrin, em 1969 Foto: Nasa |
Foto do Facebook de B. Aldrin |
No livro, Aldrin defende que a Nasa deveria voltar a ter objectivos ambiciosos, como nos anos 1960. Para o pioneiro do espaço, a Nasa deveria desistir de voltar à Lua, porque esta já foi explorada por uma dezena de astronautas, e devia antes concentrar todos os seus esforços numa missão tripulada para Marte até à década de 2030. Neste livro, Buzz apresenta os seus planos para essa exploração do planeta vermelho.
O livro chega às livrarias a 7 de Maio, com a chancela da National Geographic Books.
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