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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Hew Horizons revela que Plutão pode ter calota polar


Plutão pode ter uma calota de gelo polar, dizem agora os cientistas da Nasa, depois de analisar as imagens mais recentes da nave espacial New Horizons, que se aproxima do distante planeta-anão.

A New Horizons passa por Plutão em 14 de Julho e já começou o envio de imagens do corpo celeste e da sua lua Charon, satélite de tamanho semelhante ao do Texas.

A Nasa combinou 13 imagens tiradas ao longo de seis dias em Abril com material do instrumento de reconhecimento de imagens de longo alcance, Lorri, para fazer um curta-metragem.

Apesar de serem pixelizadas, as imagens mostram áreas claras e escuras na superfície de Plutão. Essas áreas foram identificadas pela primeira vez com o telescópio Hubble há anos, mas como as características de Plutão estão a ficar melhor conhecidas graças à New Horizons, a Nasa está a começar a duvidar se uma área de luz intensa indica efectivamente a presença de uma calota polar em Plutão.

"Esse brilho na região polar de Plutão pode ser causado por uma calota de neve altamente reflexiva na superfície", explica a Nasa. "A 'neve', neste caso, é provavelmente gelo de nitrogénio molecular congelado. As observações da New Horizons em Julho vão definitivamente determinar se a hipótese está correcta ou não".

Plutão foi durante muito tempo considerado o nono planeta no Sistema Solar e o mais afastado do sol. A sua "categoria" foi redefinida e o corpo celeste foi reclassificado como planeta-anão em 2006.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sonda New Horizons prepara-se para explorar Plutão e Charon


Depois de nove anos de viagem, a sonda americana New Horizons chegou finalmente perto de Plutão e saiu no sábado da sua hibernação para se preparar a lançar a a primeira exploração ao planeta-anão e da sua lua Charon. A nova fase da missão deverá começar a 15 de Janeiro de 2015.

A sonda vai estar ao mais perto de Plutão em meados de Julho de 2015.

A New Horizons tem como missão recolher dados sobre a geologia de Plutão e de Charon, de modo a estabelecer uma topografia.

Plutão tem 2.300 km de diâmetro, é mais pequeno que a Lua e a sua massa é 500 vezes mais fraca que a da Terra. O planeta tem cinco luas e a sua órbita em torno do Sol demora 247,7 anos.



"A New Horizons está a funcionar bem, a mais de quatro mil milhões de quilómetros da Terra, mas este é o momento de acordar e de começar a trabalhar", disse no sábado Alice Bowman, responsável
da missão no Laboratório de Física Aplicada da Universidade John Hopkins.

Desde o seu lançamento em Janeiro de 2006, a New Horizons esteve 1.873 dias em hibernação, ou seja, dois terços da sua viagem de nove anos. Esta paragem permitiu preservar as componentes electrónicas, os circuitos eléctricos bem como os sistemas de bordo. Permitiu também à Nasa reduzir custos de funcionamento da missão.

A sonda hibernou 18 vezes desde que foi lançada, o maior período durou 202 dias, e a última durou 99 dias. Um computador de bordo faz semanalmente uma análise sobre o estado de funcionamento da nave e envia uma mensagem para a Terra, que demora mais de 4 horas a chegar.

A nave transporta a bordo sete instrumentos, entre os quais se encontram espectómetros que vão fazer imagens em infra-vermelho e ultra-violeta, além de duas câmaras, das quais uma é telescópica e de alta resolução, dois potentes espectómetros de partículas e um detector de poeiras espaciais.

A atmosfera que rodeia Plutão, descoberta em 1988, torna impossível a colocação em órbita de uma nave em volta do planeta-anão, o que obriga a New Horizons a fazer uma observação a uma certa distância.



Última fase da missão: Observar três corpos celestes na Cintura de Kuiper

Depois de terminar a sua missão, a New Horizons vai continuar a sua viagem para tentar aproximar-se de alguns corpos celestes da Cintura de Kuiper, um vasto anel que se estende entre 30 a 55 UA do Sol e que se pensa ter-se formado aquando da criação do Sistema Solar, há cerca de 4,6 mil milhões de anos.


Graças ao telescópio espacial Hubble, a equipa que lançou a New Horizons identificou três corpos celestes interessantes na Cintura de Kuiper que merecem ser melhor observados, o que deverá acontecer em 2019.

Quantos planetas e planetóides tem o Sistema Solar?

A exploração a estes três objectos vai permitir melhor responder a esta pergunta.

Com um diâmetro de 25 a 55 km, os objectos transneptunianos situam-se a 1,5 mil milhões de kms de Plutão. Os objectos "1110113Y" e  "0720090f" são os mais prometedores.

Estes três corpos podem tornar-se os 18º 19º e 20º mundos a girar em torno do sol. Actualmente, 17 "mundos" fazem parte do Sistema Solar:  Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão, Haumea (2003 EL61), Makemake (2005 FY9), Eris (Xena), 2007OR, Quoar, Sedna e Orcus, sem contar com as luas de alguns deles,

Há oito planetas, um planeta-anão, e outros são chamados planetóides, objectos transneptunianos e são candidatos ao título de planeta-anão.

Em Março de 2014, os cientistas descobriram o corpo celeste 2012 VP113 que supõem ser um planeta-anão,com um periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) a 80 UA do Sol. Até esta descoberta, Sedna era o planetóide com o mais longíquo periélio do Sistema Solar.

Depois desta última missão, a sonda vai ainda continuar a sua exploração até aos confins da Cintura de Kuiper, a cerca de 60 UA do Sol.