Nelson Nunes, investigador do IA e um dos membros do Supernova Cosmology Project. |
Nelson Nunes (IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) comenta: “A colaboração com o Supernova Cosmology Project resultou de uma iniciativa da Prof. Ana Mourão (IST) e do Pedro Gil Ferreira (investigador pós-doutoral na U.Califórnia – Berkeley), que fomentaram um programa de estágios entre o departamento e o Lawrence Berkeley Laboratory. Eu fui um dos selecionados, e não poderia imaginar que o trabalho teria um dia um impacto que iria abanar os alicerces da cosmologia.”
Os prémios Breakthrough são financiados por um conjunto de bilionários, dos quais se destaca o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, e pretendem distinguir descobertas nas categorias de Física Fundamental, Ciências da Vida e Matemática.
A cerimónia de entrega de prémios, apresentada por Seth MacFarlane (criador de Family Guy e produtor da série Cosmos: Odisseia no Espaço), foi transmitida a nível mundial pelo canal BBC World News no sábado (22 de novembro).
A cerimónia contou com a presença de várias celebridades, como os empresários Mark Zuckerberg, Elon Musk (CEO da Tesla Motors e da Space X) ou Dick Costolo (CEO do Twitter), e ainda de actores como Jon Hamm, Benedict Cumberbatch ou Cameron Diaz.
Já no final dos anos 90 havia indícios que o Universo tinha uma baixa abundância de matéria “normal” (como neutrões e protões) e de matéria escura, mas foram as equipas que estudaram a luminosidade de supernovas distantes que afirmaram, em 1998, que o Universo se encontra em expansão acelerada.
Acerca da expansão acelerada do Universo, Nunes acrescenta ainda que “esta provavelmente resulta da existência de uma componente de pressão negativa a que se chamou, em termos mais gerais, Energia Escura.
Esta descoberta foi posteriormente sendo confirmada por um conjunto de observações complementares, que levaram à atribuição do Gruber Cosmology Prize em 2007, e do Nobel da Física aos líderes das equipas, em 2011”.
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