Viajar até outros sistemas estelares é um dos sonhos de alguns homens desde as primeiras histórias que evocavam outros mundos, textos escritos por clarividentes autores gregos e romanos, quando a maior parte da Humanidade ainda nem suspeitava da existência de outros planetas.
Do sonho à realidade
Esse sonho foi alimentado pela literatura de ficção e posteriomente a de ficção-científica. A palavra foi inventada nos anos 1920 pelo americano de origem luxemburguesa Hugo Gernsback, editor da revista Amazing Stories, e que na sua publicação deu a sua primeira oportunidade a jovens autores como H. P Lovecraft, Arthur C. Clarke, Isaac Asimov, Robert A. Heinlein, entre muitos outros.
Mas em 1961, depois do russo Yuri Gagarine se ter tornado o primeiro ser humano a viajar no espaço e de a corrida espacial ter realmente começado como um despique entre Estados Unidos e URSS, esse sonho transformou-se num objectivo.
Onde já chegámos
Hoje, mais de 50 anos depois, apenas um círculo restrito de 600 seres humanos viajaram até ao espaço.
A nível internacional poucos países investem em agências espaciais nacionais, e destas apenas quatro puseram homens no espaço: a agência norte-americana Nasa, a agência russa Roskosmos, a agência europeia ESA e a chinesa CNSA.
O lugar mais longíquo até onde o Homem chegou foi a Lua, o nosso próprio satélite.
Onde queremos chegar
O planeta mais próximo do nosso, Vénus, é um destino que não está, para já, no nosso itinerário de viagens tripuladas por ser um mundo mergulhado em chamas perpétuas e por isso inóspito ao Homem.
Marte, o segundo mais próximo, parece mais acolhedor. Com uma atmosfera 150 vezes menos densa que a da Terra, para aí viver o Homem terá que criar habitats próprios.
O que falta
Mas o que nos falta técnica, tecnologica e financeiramente para tornarmos as viagens interestelares uma realidade?
Melhor do que dissertar sobre a falta de interesse de potenciais investidores, dos limites das tecnologias actualmente existentes ou das que estão neste momento a ser inventadas e que nos permitiriam alcançar esse objectivo num futuro próximo, pensámos que apresentar-vos um documentário do canal National Geographic seria mais interessante e esclarecedor.
Partindo de uma premissa fictícia - que a Terra tem que ser evacuada dentro de 75 anos, ameaçada por um pulsar - a equipa do canal National Geographic entrevista físicos, astrónomos e engenheiros espaciais e explora as possibilidades reais, a curto e médio prazo, de viajarmos para fora do nosso planeta se realmente o tivéssemos que fazer.
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domingo, 30 de março de 2014
DD - Documentários ao Domingo: O que nos falta para viajar até outras estrelas?
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Yuri Gagarine
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Nave chinesa Shenzhou-10 regressou à Terra
A nave espacial chinesa Shenzhou-10 regressou hoje à Terra com três astronautas a bordo, entre as quais uma mulher, Wang Yaping, após duas semanas em órbita do planeta.
A nave, lançada no dia 11 de Junho, aterrou hoje cerca das 8h da manhã (2h da madrugada no Luxemburgo) na Mongólia Interior, uma das regiões autonómas da China, no norte do país.
No dia anterior, o Presidente chinês, Xi Jinping, descreveu a exploração espacial como "uma parte do sonho de tornar a China mais forte".
"Com o desenvolvimento de programas espaciais, o povo chinês alcançará avanços ainda maiores", disse Xi Jinping, numa conversa telefónica com os astronautas chineses que se encontravam há 13 dias no módulo espacial Tiangong -1.
"Sentimo-nos muito orgulhosos por poder contribuir para a realização do sonho espacial da nação chinesa", afirmou o comandante da missão, o astronauta Nie Haisheng.
Foi a mais prolongada missão do programa espacial chinês, e incluiu a acoplagem manual e automática com o módulo Tiangong-1, o embrião da futura estação espacial da China.
A estação espacial chinesa deverá estar operacional em 2020 (ver imagem).
"Sonho chinês" ("Zhong Guo meng") tornou-se uma das expressões mais citadas do discurso oficial na China desde que Xi Jinping assumiu a chefia do Partido Comunista Chinês, em Novembro passado, e é geralmente entendida como uma manifestação da crescente confiança económica e científica da China.
A China lançou o primeiro astronauta há apenas dez anos.
A nave, lançada no dia 11 de Junho, aterrou hoje cerca das 8h da manhã (2h da madrugada no Luxemburgo) na Mongólia Interior, uma das regiões autonómas da China, no norte do país.
No dia anterior, o Presidente chinês, Xi Jinping, descreveu a exploração espacial como "uma parte do sonho de tornar a China mais forte".
"Com o desenvolvimento de programas espaciais, o povo chinês alcançará avanços ainda maiores", disse Xi Jinping, numa conversa telefónica com os astronautas chineses que se encontravam há 13 dias no módulo espacial Tiangong -1.
"Sentimo-nos muito orgulhosos por poder contribuir para a realização do sonho espacial da nação chinesa", afirmou o comandante da missão, o astronauta Nie Haisheng.
Foi a mais prolongada missão do programa espacial chinês, e incluiu a acoplagem manual e automática com o módulo Tiangong-1, o embrião da futura estação espacial da China.
A estação espacial chinesa deverá estar operacional em 2020 (ver imagem).
"Sonho chinês" ("Zhong Guo meng") tornou-se uma das expressões mais citadas do discurso oficial na China desde que Xi Jinping assumiu a chefia do Partido Comunista Chinês, em Novembro passado, e é geralmente entendida como uma manifestação da crescente confiança económica e científica da China.
A China lançou o primeiro astronauta há apenas dez anos.
A estação orbital chinesa deverá estar pronta em 2020 |
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Quais são as ambições espaciais chinesas?
A piloto Liu Yang, de 33 anos, foi a primeira taikonauta (astronauta) chinesa, que integrou o primeiro voo tripulado em Junho de 2012, a bordo da nave Shenzhou 9 |
O general, que é especialista em operações de guerra e já escreveu um livro sobre a China, recorda que aquele país gigante chegou muito tarde à corrida espacial. Apesar de ter lançado o seu primeiro satélite em 1970, entre a década de 1970 e 1990 não mostrou interesse em desenvolver esse sector.
No final dos anos 90, a China começou por pensar que poderia tornar-se uma lançadora espacial comercial low-cost, e foi adiando sucessivamente os voos tripulados, considerados demasiado dispendiosos e não rentáveis.
Mas como os lançadores chineses não tinham sido testados suficientemente, os clientes não lhes faziam confiança. Depois, os custos da optimização dos lançadores, que hoje têm excelentes desempenhos, tornaram o preço dos lançamentos pouco atractivo para os potenciais clientes.
Só no virar do século é que os dirigentes chineses se aperceberam que o êxito de uma conquista espacial seria o caminho mais directo para conseguirem também êxito nos lançamentos espaciais comerciais.
Assim, no princípio do século XXI, a China voltou à corrida espacial e estabeleceu como meta colocar em órbita uma estação espacial até 2020.
Mas a China tem persistido em trabalhar sozinha, quando as outras três agências entenderam que apenas juntas podem aventurar-se em viagens tripuladas mais frequentes e na exploração espacial cada vez mais longíqua, compara Brisset. A Estação Espacial Internacional (ISS) é bom um exemplo dessa colaboração frutífera para as três partes. As três continuam, no entanto, a ser concorrentes comerciais já que propõem cada uma o seu próprio sistema de colocar satélites em órbita.
No entanto, o general gaulês pensa que a China continua a ter um atraso técnico de três ou quatro décadas na conquista espacial, e o facto dessa indústria estar, por enquanto, apenas na mão do Estado (
CNSA, Chinese National Space Administration), não vai atenuar essa distância com as outras três potências nos próximos anos.
E, acrescenta ainda o militar, se os EUA voltarem à corrida espacial, como parece ser o caso, então esse atraso vai ainda alargar-se mais. Os projectos de exploração do sistema solar, aos quais a Nasa quer voltar, estão longe das possibilidades chinesas. É mais provável que a competição com países como a India e o Japão nesse domínio possam fazer avançar as coisas mais rapidamente.
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