segunda-feira, 15 de julho de 2013
Lançador Ariane 6 deverá entrar em funcionamento em 2021
O Centro de Estudos Espaciais francês, CNES, apresentou a 9 de Julho o novo foguetão Ariane 6.
O novo lançador Ariane é mais económico e mais competitivo que o seu antecessor, segundo explicou o presidente do CNES, Jean-Yves Le Gall, na presença da ministra da Investigação francesa Geneviève Fioraso.
O novo lançador deve entrar em funcionamento em 2021/2022 e foi criado para responder à dura concorrência internacional no sector dos lançadores de satélites. Apesar dos seus 55 lançamentos bem sucedidos, o Ariane 5 é deficitário em cerca de 120 milhões de euros por ano.
O Ariane 6 tem quatro motores de 125 toneladas de propulsante sólido (P135). O último andar criotécnico será propulsado por um motor Vinci, igual à última versão do Ariane 5. Os reservatórios transportarão oxigénio e hidrogénio líquidos.
O foguetão terá capacidade para colocar em órbita satélites de 3 a 6,5 toneladas, a um preço competitivo, cerca de 30% mais barato do que custa actualmente um lançamento do Ariane 5: colocar em órbita um satélite de 6 toneladas custa hoje 100 milhões de euros. Além disso, enquanto o Ariane 5 faz 5 ou 6 lançamentos por ano, o seu sucessor poderá efectuar entre 10 e 15 lançamentos anuais.
Um dos concorrentes sérios no sector é a empresa norte-americana SpaceX, do bilionário Elon Musk, que já conseguiu oito encomendas quando ainda nem fez um único lançamento. É esta empresa que deverá lançar em 2014 o novo satélite 702SP da Boeing, o primeiro satélite comercial de telecomunicações de propulsão unicamente eléctrica.
Países como a Índia ou a China também fazem parte da concorrência, enquanto a Rússia está já muito presente, apesar de conhecer dificuldades com os seus foguetões Proton.
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