Foto: Active Space Technologies |
“A Active Space Technologies terminou o fabrico e montagem dos protótipos de teste do Thermal Control Unit do Orion Multi Purpose Crew Vehicle – European Service Module (MPCV-ESM) da futura nave Orion da Nasa”, pode ler-se num comunicado que a empresa especialista em tecnologia aeroespacial divulgou.
Orion prepara-se para orbitar a Lua em 2017
A primeira missão da Orion será “um voo não tripulado à volta da Lua em 2017 e vai reentrar na atmosfera terrestre a 11 km/segundo, que será a velocidade de reentrada mais elevada de sempre”, revela a empresa de Coimbra.
“A nave Orion vai suceder ao Space Shuttle na missão de transporte dos astronautas” e “irá servir como veículo de exploração, transporte da tripulação e veículo de emergência, operando sobretudo em missões de suporte à Estação Espacial Internacional (ISS)”, anuncia ainda a empresa, explicando que “transportará os astronautas para órbitas terrestres, permitindo futuras missões à Lua e asteróides e, eventualmente, a Marte”.
O comunicado diz igualmente que o módulo de propulsão da Orion, designado European Service Module, “é baseado no Automated Transfer Vehicle desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA)”, esclarecendo que este “consiste num módulo que inclui quatro painéis solares e fornece propulsão, energia, controlo térmico, água e ar ao módulo habitável do Orion”.
O administrador da Active Space Technologies, Ricardo Patrício, afirma que a participação “num dos projectos mais críticos do actual programa espacial mundial, que tem por objectivo substituir o programa Space Shuttle”, reforça o reconhecimento da empresa portuguesa no panorama europeu, após participações noutras missões.
A empresa portuguesa fabricou "dois equipamentos iguais, semelhantes a uma caixa, feitos em alumínio e que serão depois incorporados na nave para testes", explicou por seu lado Liliana Baptista, gestora do projecto.
“São equipamentos para o controlo estrutural de toda a nave, nesta fase ainda de testes, mas que depois serão substituídos por outros. O modelo que vai ser usado na realidade vai ser muito mais complexo, com muitos componentes eletrónicos, térmicos e sensores”, acrescentou.
Liliana Baptista observou que “para fazer os testes da nave não é necessário o equipamento ser tão complexo”, sendo que estes agora produzidos pela empresa têm “as mesmas características dimensionais, mecânicas e estruturais dos futuros equipamentos”.
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