sábado, 15 de junho de 2013

Albert Einstein acoplou-se hoje à estação espacial internacional



Uma nave de transportes robotizada e chamada "Albert Einstein", acoplou-se hoje à Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA)

A nave levava 6,6 toneladas de carga a bordo.

O Einstein é um dos quatro Veículos de Transferência Automática (ATVs) da ESA e acoplou-se à ISS dez dias depois de ter sido lançado pelo foguetão Ariane 5, da base espacial europeia de Kourou, na Guiana Francesa.

A nave de reabastecimento está carregada com comida, água, oxigénio, experiências científicas e iguarias para os astronautas da ISS.

O Albert Einstein tem as dimensões de um autocarro de dois andares, dez metros de comprimento, 4,5 metros de diâmetro e está programado para chegar à ISS em piloto automático, graças a um sistema de navegação que utiliza a luz das estrelas como orientação e o sistema de propulsores para se acoplar suavemente à estação.

A ESA tem já encomendados mais cinco destes veículos, num projecto de contribuição para as missões da ISS, que ainda são programadas pelos EUA.

Nave Einstein: um cargueiro, uma dispensa ou um caixote do lixo? 

A missão do Einstein vai durar quatro meses: este vai simplesmente estar acoplado à ISS como uma espécie de armazém ou dispensa para os passageiros da ISS.

Os propulsores do Einstein vão ainda servir para impulsionar a estação, que gira na órbita baixa da Terra e perde altitude devido à fricção atmosférica prolongada em altitudes mais elevadas.

O Einstein vai estar ligado à ISS até 28 de Outubro, e vai trazer de volta à Terra seis toneladas de lixo não tóxico e dejectos humanos biodegradáveis. O seu destino final é incendiar-se sobre o oceano Pacífico.

O primeiro veículo da série ATV chama-se Jules Verne e foi lançado em 2008; o segundo, o Johannes Kepler, em Fevereiro de 2011; e o terceiro, Edoardo Amaldi, em Setembro de 2012. A última missão do Einstein (ou ATV4) está agendada para Junho de 2014. 
O ATV5 vai receber o nome do cónego e físico belga Georges Lemaitre, que foi o primeiro a evocar a possibilidade de o Universo ter sido criado após um Big Bang.