sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Os limites do Sistema Solar estão a ser redefinidos


Em Março de 2014 foi confirmada a descoberta de um novo corpo celeste, além da órbita de Sedna, que tinha sido avistado pela primeira vez dois anos antes.

O astro tem o nome provisório de 2012 VP113, supõe-se que se trate de um planeta-anão, com um periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) a 80 UA do Sol. Até esta descoberta, Sedna era o planetóide com o mais longíquo periélio do Sistema Solar, a 76 UA.

Esta descoberta vem redefinir as fronteiras do Sistema Solar e o número de objectos que este conta.

Mas afinal, quantos planetas e planetóides tem o Sistema Solar? 

Actualmente, 17 "mundos" fazem parte do Sistema Solar: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão, Haumea (2003 EL61), Makemake (2005 FY9), Eris (Xena), 2007OR, Quoar, Sedna e Orcus, não incluindo as luas que orbitam alguns deles.

Oito são planetas, há um planeta-anão (Plutão), os outros são chamados planetóides, objectos transneptunianos e são candidatos ao título de planeta-anão.

Além de Plutão e da sua lua Charon, a sonda New Horizons vai explorar em 2019 três objectos transneptunianos, entre os quais se encontram "1110113Y" e "0720090f".

Um "Júpiter escuro" na Nuvem de Oort?

As órbitas de Sedna, do planetóide 2012 VP113, bem como dos outros corpos celestes da Cintura de Kuiper são profundamente perturbadas por um corpo massivo, mas que não foi ainda avistado.

Os astrónomos pensam poder tratar-se de um planeta gigante, tipo um "Júpiter escuro", ou mesmo de uma estrela anã vermelha.

A ser uma estrela anã, conjectura-se que esta pode fazer parte de um sistema binário com o Sol, o que tornaria simplesmente a nossa estrela mais semelhante à maioria das estrelas que existem na nossa galáxia.