sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Asteróide com seis caudas surpreende astrónomos


Um asteróide foi captado entre Agosto e Setembro pelo telescópio espacial Hubble e espantou os astrónomos norte-americanos, por ter a aparência de um cometa com seis caudas e a girar sobre si próprio, foi hoje anunciado.

Um asteróide foi captado entre Agosto e Setembro pelo telescópio espacial Hubble e espantou os astrónomos norte-americanos, por ter a aparência de um cometa com seis caudas e a girar sobre si próprio, foi hoje anunciado. "Ficámos literalmente estupefactos com o que vimos", afirmou David Jewitt, astrónomo da Universidade da Califórnia (Los Angeles) que descobriu o asteróide, a partir de observações feitas em Setembro.

A equipa de astrónomos descreveu o asteróide com a forma de um regador automático de relva, que projectava poeiras através de seis caudas, como um cometa, e que mudava várias vezes de forma. A descoberta foi descrita num estudo publicado hoje na revista científica norte-americana Astrophysical Journal Letters.

(Esta notícia foi também publicada no site wort.lu/pt)

Investigadora do Minho premiada pela NASA e pela Agência Espacial Europeia

A investigadora portuguesa Ângela Abreu, da Universidade do Minho (UMinho), foi premiada pela Agência Aeroespacial Norte-Americana (NASA) e pela Agência Espacial Europeia por desenvolver um método "inovador e eficiente" de produção de hidrogénio "100% biológico" que pode ser utilizado para gerar eletricidade.
Ângela Abreu Foto: U. Minho

Em comunicado enviado no dia 6 deste mês à imprensa, a UMinho informa que Ângela Abreu foi distinguida com a Melhor Apresentação Oral do "Workshop Internacional sobre Ambiente e Energias Alternativas", que decorreu num dos polos da ESA, em Frascati, Itália, com o trabalho "Biohydrogen production using bionanocoatings for immobilizing highly efficient hydrogen-producing bacteria".

A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica da UMinho, ganhou ainda uma bolsa "travel grant" da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

"Os processos de produção de hidrogénio são sobretudo feitos a partir de combustíveis fósseis. O nosso processo é inovador por recorrer a resíduos orgânicos e a efluentes, ou seja, é 100% biológico", explica Ângela Abreu.

Segundo aquela cientista, "este bio-hidrogénio é um vetor energético que pode depois ser usado em células de combustível para produção de eletricidade, entre outras aplicações".

A UMinho explana ainda que o processo desenvolvido pela equipa de Ângela Abreu, que conta com a colaboração da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, "utiliza bactérias altamente eficientes, que conseguem decompor os resíduos orgânicos e, desta forma, produzir bio-hidrogénio".

Segundo explica, "uma grande mais-valia do projeto é a imobilização das bactérias nos reatores através de um revestimento de látex com nanoporos que permite a troca da matéria orgânica e do hidrogénio".

Ângela Abreu é licenciada em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com mestrado em Tecnologias Ambientais e o doutoramento em Engenharia Química e Biológica pela UMinho, em colaboração com a Universidade Técnica da Dinamarca. Actualmente é investigadora de pós-doutoramento no grupo BRIDGE do Centro de Engenharia Biológica da UMinho.