quinta-feira, 8 de maio de 2014

Australianos querem destruir lixo espacial com lasers



Uma equipa de cientistas australianos encontrou a solução para o lixo espacial que existe em torno do nosso planeta, composto por mais de 23 mil detritos, desde bocados de foguetões largados das naves russas e dos Space Shuttle americanos, até antigos satélites de comunicação e militares desactivados, potencialmente perigosos para missões espaciais e astronautas a trabalhar no espaço.

Os cientistas australianos propõem desfazer o lixo espacial com raios laser para que caia na atmosfera terrestre, onde se desintegraria.

"Queremos limpar o espaço para evitar o risco crescente de colisões e prevenir os tipos de incidentes contados no filme 'Gravity'", explica o director do centro de pesquisa astronómica e astrofísica da Universidade Nacional da Austrália, Matthew Colless.

Um novo centro de pesquisa com a participação, entre outros, da Nasa, vai começar a funcionar este ano para isolar as partes menores de lixo espacial e prever a sua trajectória graças ao observatório de Mount Stromlo, em Canberra. O objetivo é desviar estes restos (satélites fora de serviço, corpos de foguetões...) de sua trajectória, atingindo-os com raios laser a partir da Terra. O que fará os detritos diminuir a sua velocidade e cair na atmosfera, onde se desentagrariam.

O responsável pelo novo centro, Ben Greene, também considerou provável "uma avalanche catastrófica de colisões (de restos), que destrua rapidamente todos os satélites".

A agência espacial americana (Nasa) e a Agência Espacial Europeia (ESA) listaram mais de 23 mil objectos de mais de 10 cm, na sua maioria, em órbitas baixas (abaixo de 2.000 km). Os restos que têm entre 1 e 10 cm são centenas de milhares.