sábado, 31 de janeiro de 2015

China prevê enviar sonda a Marte até 2020

Não se sabe se a nave chinesa para Marte terá o mesmo nome da sua predecessora, Yinghuo-1,
 cuja missão fracassou em 2011

A China prevê enviar até 2020 uma sonda até Marte, que transportará um veículo teleguiado, após o fracasso de uma missão anterior com destino ao planeta vermelho.

"Prevemos realizar uma missão em Marte até 2020, que incluirá a entrada em órbita de uma sonda, a aterragem em Marte e a exploração à superfície com um veículo", declarou recentemente o cientista Peng Tao ao jornal China Daily.

A agência espacial chinesa não anunciou oficialmente a nova missão, mas o desejo do país de explorar o planeta vermelho não é nenhum segredo.

A China aperfeiçoou recentemente a sua tecnologia espacial, com o envio no final de 2013 da sonda Chang'e-3 à Lua e o desembarque de um veículo teleguiado, baptizado "Coelho de Jade", uma missão que foi considerada um "grande sucesso" pelo governo chinês.

O veículo lunar enfrentou alguns problemas mecânicos que o deixaram numa espécie de estado de coma durante vários meses.

A primeira missão chinesa para Marte terminou em fracasso em 2011. O satélite Yinghuo-1 (Pirilampo) tinha sido programado para estudar a superfície e o campo magnético do planeta vermelho.

A China destina milhões de dólares à conquista do espaço, considerada um símbolo da nova potência do país sob o governo do Partido Comunista.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Os limites do Sistema Solar estão a ser redefinidos


Em Março de 2014 foi confirmada a descoberta de um novo corpo celeste, além da órbita de Sedna, que tinha sido avistado pela primeira vez dois anos antes.

O astro tem o nome provisório de 2012 VP113, supõe-se que se trate de um planeta-anão, com um periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) a 80 UA do Sol. Até esta descoberta, Sedna era o planetóide com o mais longíquo periélio do Sistema Solar, a 76 UA.

Esta descoberta vem redefinir as fronteiras do Sistema Solar e o número de objectos que este conta.

Mas afinal, quantos planetas e planetóides tem o Sistema Solar? 

Actualmente, 17 "mundos" fazem parte do Sistema Solar: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão, Haumea (2003 EL61), Makemake (2005 FY9), Eris (Xena), 2007OR, Quoar, Sedna e Orcus, não incluindo as luas que orbitam alguns deles.

Oito são planetas, há um planeta-anão (Plutão), os outros são chamados planetóides, objectos transneptunianos e são candidatos ao título de planeta-anão.

Além de Plutão e da sua lua Charon, a sonda New Horizons vai explorar em 2019 três objectos transneptunianos, entre os quais se encontram "1110113Y" e "0720090f".

Um "Júpiter escuro" na Nuvem de Oort?

As órbitas de Sedna, do planetóide 2012 VP113, bem como dos outros corpos celestes da Cintura de Kuiper são profundamente perturbadas por um corpo massivo, mas que não foi ainda avistado.

Os astrónomos pensam poder tratar-se de um planeta gigante, tipo um "Júpiter escuro", ou mesmo de uma estrela anã vermelha.

A ser uma estrela anã, conjectura-se que esta pode fazer parte de um sistema binário com o Sol, o que tornaria simplesmente a nossa estrela mais semelhante à maioria das estrelas que existem na nossa galáxia.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Qual o aspecto dos extraterrestres?

O biólogo vencedor do Prémio Pulitzer E.O.Wilson discursa sobre o eventual aspecto físico dos extraterrestres. Este é um dos assuntos que aborda no seu mais recente obra, "The Meaning of Human Existence."

 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Como pensam os extraterrestres?

O físico teórico Michio Kaku (City College, Nova Iorque) fala de como podem pensar, e sobretudo como não podem pensar, os cérebros de eventuais extraterrestres. Este é um dos tópicos do seu último livro, "Future of the Mind" (2014).

 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O que são as constelações?

À primeira vista, o céu nocturno parece caótico, desafiando a imaginação humana. Para impor alguma ordem no caos aparente, a humanidade imaginou as constelações, primeiro como grupos de estrelas que, vistos da Terra, se assemelhavam a figuras de heróis, animais e figuras lendárias.

Mas, ao longo dos tempos, houve evolução nestas visões do cosmos. As estrelas de cada constelação não estão geralmente relacionadas entre si. As constelações são um produto da imaginação humana e ao longo dos tempos, em sucessivas ocasiões desde a pré-história até ao século XVIII, mais constelações foram acrescentadas ou reestruturadas.

Por exemplo, a constelação do Touro (conjunto de estrelas associado a este animal), já era conhecido pelo Homem de Cro-Magnon (há cerca de 30 mil anos como refere um documento da IAU-União Astronómica Internacional.

As constelações do Escorpião e do Leão foram idealizadas por volta de 4000 anos a.C., na Mesopotâmia (actualmente, o Iraque). Houve sucessivos acréscimos de constelações na Idade Média e os Descobrimentos também revelaram novos céus e a necessidade de aí sistematizar mais constelações.

A propósito de reformulações, e porque a Igreja Católica tinha muita força no século XVII, o astrónomo e advogado alemão Julius Schiller publicou em 1627 o seu "Coellum Stellatum Christianum", onde substituiu as figuras pagãs das constelações (que ainda hoje conhecemos) por figuras cristãs

(Os leitores podem ver aqui o céu, temporariamente, cristianizado: http://www.atlascoelestis.com/epi%20schiller%20cellario.htm e também uma versão posterior, de 1661: http://www.atlascoelestis.com/5.htm). Com isto, pretendia cristianizar o céu. Assim, a Cassiopeia passou a ser Maria Madalena, as 12 constelações do Zodíaco foram substituídas pelos 12 apóstolos e até Orion (foto) passou a ser São José.
A antiga constelação do Navio (Argo Navis) foi substituída pela Arca de Noé! Os hemisférios celestes foram ocupados por figuras do Antigo (a norte) e do Novo Testamento (a sul). Obviamente a ideia não pegou entre os astrónomos e tudo ficou como antes.

Os últimos acrescentos de constelações ao céu foram pela mão do astrónomo francês Nicolas Louis de Lacaille (1713-1762), que entre 1750 e 1754 idealizou 14 novas constelações, essencialmente com nomes de instrumentos científicos e artísticos (por exemplo: Microscópio, Retículo, Telescópio, Buril, Compasso, Bússola).

A actual sistematização das constelações, definindo quais delas são internacionalmente aceites e quais os limites ou fronteiras de cada uma, foi o objecto de trabalho do astrónomo belga Eugène Delporte, que a concluiu na sua obra "La Délimitation Scientifique des Constellations" (1930). Tal obra sistematizou o céu, fixando em 88 as constelações internacionalmente aceites pela União Astronómica Internacional (IAU). Na sistematização actual, os nomes lendários mantiveram-se apenas por tradição.

2015 - Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Viajar mais rápido que a luz é (fisicamente) possível?

Viajar à velocidade WARP (sistema de propulsão imaginado pelos criadores da série Star Trek), ou seja, mais rápido que a velocidade da luz, será fisicamente possível?

Em 1994, o investigador mexicano Miguel Alcubierre desenvolveu as equações que podem tornar esse tipo de propulsão possível, e nesta conferencia o físico Lawrence Krauss, da Universidade do Arizona, defende o mesmo.