segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cápsula Dragon já regressou à Terra



A cápsula não tripulada Dragon desceu neste domingo, sem problemas, no oceano Pacífico diante da costa do México, horas após abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS), informaram a Nasa e a empresa americana SpaceX.

Dragon tocou o mar às 19h05 GMT (+1h no Luxemburgo), tal como estava previsto, menos de seis horas após desatracar da ISS para iniciar seu regresso à Terra.

A nave de seis toneladas separou-se do braço robótico da ISS às 13h26 GMT, depois de ter passado 28 dias acoplada à plataforma.

A Dragon foi lançada em 18 de Abril a bordo do foguetão Falcon 9 da base de Cabo Canaveral, Flórida.

A Nasa apela a empresas privadas como a Spacex para abastecer a ISS. Nesta ocasião, a Dragon transportou 2,2 toneladas de carga, incluindo comida, trajes espaciais, peças de reposição e equipamentos para 150 experimentos na estação orbital.

Com base num contrato de 1,6 mil milhões de dólares com a Nasa, a SpaceX deve realizar 12 missões até a ISS.

A Nasa também tem contrato de abastecimento da ISS de 1,9 mil milhões de dólares com a Orbital Sciences Corporation, cuja cápsula Cygnus realizou a primeira entrega em Janeiro.

SpaceX, Boeing e Sierra Nevada também foram seleccionadas pela Nasa para desenvolver naves que transportem pessoas para a ISS e outros destinos, que deverão estar operacionais até 2017.

O lançamento anterior de uma cápsula Dragon ocorreu em Março de 2013.

Astronautas em testes no Havai... como se fosse em Marte

Foto: ESA
Testar equipamentos, procedimentos e até a resiliência humana para futuras missões a planetas distantes exige criatividade.

Astronautas voluntários podem passar algum tempo em câmaras hiperbáricas, naves que fazem montanhas russas, em bases isoladas na Antártida, grutas ou falsas naves espaciais ou ainda ficar na cama, dependendo do que se quer testar ou ensaiar.

Na imagem supra, a cientista Lucie Poulet do Centro Aeroespacial Alemão DLR participa na simulação de uma missão a Marte, dirigida pela Universidade do Havai, em Manoa, nos Estados Unidos.

Tudo foi pensado para a tripulação se sentir longe de casa. No pequeno habitáculo onde vivem é permitido apenas 12 minutos debaixo do duche, por semana, nada de comida fresca e a comunicação com amigos e família está muito limitada – é provocado um atraso de 20 minutos nas comunicações, como aconteceria numa viagem real a Marte, por exemplo.

As agências espaciais recorrem a simulações como esta, a Hawaii Space Exploration Analogue and Simulation, promovida pela NASA para avaliar como reagem as pessoas quando são enviadas para ambientes de stress intenso.

No espaço, a ajuda está muito longe, a luz solar é irregular, praticar exercício é difícil e a vida social está limitada.

A tripulação que se encontra no Havai "regressa" à Terra a 28 de Julho. Durante os seus quatro meses de isolamento, a equipa irá investigar novos sistemas de iluminação para fazer crescer plantas em estufas.

No final deste ano, os astronautas da ESA Thomas Pesquet e Andreas Mogensen irão juntar-se a uma simulação de duas semanas debaixo de água, promovida pela NASA, na costa da Florida, para testar novos equipamentos para missões espaciais futuras.

Fonte: ESA