terça-feira, 28 de maio de 2013
O que são Nibiru e Némesis?
Alguns predicadores escatológicos afirmam que a Terra colide a 12 de Dezembro de 2012 com o planeta Nibiru, também chamado planeta X ou 10° planeta.
Mas que planeta é este?
Para os sumérios (habitaram o sul do Iraque no 4° milénio a.C e são considerados os inventores da escrita), quando a Terra (Tiamat) nasceu situava-se entre Marte e Júpiter, mas a colisão com o planeta Nibiru propulsou o nosso para a terceira órbita solar, onde se encontra hoje.
Segunda este mito, a Terra ficou com metade do tamanho original, foi assim que foi criada a Lua e - acrescentam os predicadores armados em astrofísicos e especialistas de Sumer -, a cintura de asteróides que hoje existe entre Marte e Júpiter.
Segundo o mit sumério, Nibiru tem uma órbita em volta do Sol de 3.600 anos e cada vez que Nibiru passa perto de nós, os elementos ficam desencadeados e provocam catástrofes cíclicas, como terramotos, erupções vulcânicas e dilúvios.
Os sumérios contam que várias civilizações antes da sua desapareceram devido à passagem desse planeta "vadio".
O dilúvio bíblico, por exemplo, recupera o relato de um dilúvio retratado na "Epopeia de Gilgamesh", manuscrito sumério anterior ao livro hebreu da Génese. O conto evoca a origem de Sumer, civilização que brotou das cinzas desse mundo antediluviano. Foi esse relato (e derivantes) que deu origem à lenda da Atlântida, contada por Platão (séc. V a.C.) nos livros "Timeu" e "Crítias".
A verdade científica é que não existe nenhuma prova tangível que um planeta assim exista.
O que é preciso saber é que os charlatães do apocalipse anunciaram-na para 2003 e depois adiaram-na convenientemente para 2012.
Um décimo planeta
Um décimo planeta, Sedna, foi descoberto em 2003, para além da órbita de Plutão. E logo de seguida foram descobertos mais três – Éris, Makemake e Haumea –, o que levou os astrónomos a redefinirem em 2006 os planetas e os planetas-anãos (ou planetóides).
Sedna é actualmente o planeta com a órbita mais longa à volta do Sol, de 12 mil anos, e Éris é o planeta mais distante do Sol, mas com uma órbita mais pequena que Sedna, de 570 anos.
Na ressaca da teoria apresentada em 1980 que afirmava que um fenómeno exterior à Terra (cometa, asteróide) tinha extinguido os dinossauros, uma outra foi avançada pelo físico americano Richard A. Muller (Univ. Berkley) em 1984: o nosso Sol faria parte de um sistema solar binário, como aliás é o caso para a maioria das estrelas da nossa galáxia - e esta companheira, a que Muller deu o nome de Némesis (a deusa grega da vingança), seria uma anã vermelha ou castanha, pouco brilhante, e teria uma órbita de 26 milhões de anos (à distância de 1,5 anos-luz).
Muller argumentava que isso explicaria as extinções cataclísmicas e cíclicas de algumas das espécies da Terra.
A suposta irmã do Sol nunca foi avistada até hoje e a estrela mais próxima é Próxima do Centauro, a 4,2 anos-luz.
(artigo publicado em 21/12/2012 no jornal CONTACTO, no Dossier "Quem tem medo do fim do Mundo?")
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seundo essa estrela némesis, e a estrela de barnard, a quinta(eu acho) mais próxima do sol? ela é uma estrela bem fraca, acho que é marrom(tipo júpiter mas emite luz).
ResponderEliminarNêmesis já foi encontrada em 2015 deram lhe outro nome .
ResponderEliminarOs paleontólogos de 1984 tinham razao
Scholz estrela anã vermelha 2015
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