A nossa galáxia, a Via Láctea, pode ter cerca de 17 mil milhões de planetas de tamanho similar ao da Terra, revela uma estimativa, publicada este ano nos Estados Unidos.
Isto não significa que todos todos sejam habitáveis, mas a probabilidade de se descobrir planetas iguais à Terra aumenta claramente.
Para ser habitável, um planeta deve estar a uma distância de sua estrela que permita evitar temperaturas extremas e que a água possa existir em estado líquido, algo essencial para a vida.
Esta estimativa surge após a análise de dados obtidos pelo telescópio espacial americano Kepler, lançado em 2009 para buscar planetas fora do nosso sistema solar, ou exoplanetas.
Ao menos uma estrela em cada seis da Via Láctea tem um planeta do tamanho da Terra na sua órbita, salientou François Fressin, do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard, principal autor da pesquisa, que estima em 100 mi milhões o número de estrelas na nossa galáxia.
Fressin apresentou os resultados na conferência anual da American Astronomical Society, reunida em Long Beach, Califórnia, em Janeiro deste ano.
O telescópio espacial Kepler detecta um exoplaneta quando este passa diante de sua estrela e gera uma queda de luminosidade no local por onde transita.
O telescópio identifica assim exoplanetas potenciais medindo permanentemente as mudanças de luminosidade em mais de 150 mil estrelas situadas nas constelações de Cisne e Lyra.
Durante os 16 primeiros meses de observação, Kepler identificou 2.400 potenciais exoplanetas.
Desde então, os cientistas têm tratado de determinar quantos destes sinais correspondem à presença de um exoplaneta.
Foram já mais de mil os exoplanetas descobertos desde o início dos anos 1990.
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