segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Sabia que os raios X atravessam o Universo?

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Se alguma vez fracturou um osso sabe que os raios X são nocivos para os seres humanos. Quando os médicos tiram uma imagem do osso fracturado, protegem-se com uma tela de forma a não serem atingidos pela radiação.

Mas a radiação que recebe de um aparelho de raios X é 50 vezes inferior à radiação proveniente de fontes cósmicas. Felizmente, a nossa atmosfera bloqueia estes raios X pelo que estamos perfeitamente seguros.

Algumas das fontes de raios X mais poderosas do universo são os “raios X binários”. Têm origem em pares de estrelas, em que uma das estrelas é normal, como o Sol, e a outra é uma estrela ultra-compacta chamada de “estrela de neutrões”, também chamado pulsar.

À medida que estes dois objectos se orbitam mutuamente, a forte gravidade da estrela de neutrões arranca e devora camadas da sua estrela companheira. Estas camadas tornam-se muito quentes quando são puxadas da estrela companheira e emitem raios X.

Um novo estudo de uma binária de raios X chamada Circinus X-1 mostrou que esta tem menos de 4 600 anos! Trata-se da mais jovem binária vista até agora. Os astrónomos descobriram centenas de binárias de raios X espalhadas pela nossa galáxia e mesmo algumas fora da nossa galáxia.

Todos estes sistemas binários de raios X são antigos, revelando apenas informação sobre o que aconteceu muito tarde nas suas vidas. Com estas novas observações, ainda conseguimos ver as ondas de choque criadas quando o sistema foi formado!

Facto curioso: As estrelas de neutrões formaram-se depois de um evento chamado "supernova", que ocorre quando uma estrela de grande massa morre numa explosão extremamente poderosa superior a qualquer outro evento no universo. A explosão emite radiação suficiente para igualar uns quantos milhares de quatriliões de ogivas nucleares (Um quatrilião é 1 000 000 000 000 000 000 000 000!).

Créditos: EU Universe Awareness
Versão Portuguesa: Paula Furtado (Nuclio/UNAWE Portugal) 
Este artigo é baseado no Comunicado de Imprensa de Chandra X-ray Observatory
© 2013 - Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva 

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