domingo, 29 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
10 factos científicos* incríveis sobre o Universo
10- Actualmente, os astrofísicos pensam que o Universo contem 50 biliões (50.000.000.000) de galáxias e cada uma pode ter entre 100 biliões (100.000.000.000) e mil biliões (1.000.000.000.000) de estrelas. Estima-se que a nossa galáxia é de dimensão média e tem cerca de 200 mil milhões (biliões) de estrelas.
9 - À velocidade da luz, o tempo pára.
8 - A matéria negra constitui 83% da massa do Universo, mas não a podemos ver e não sabemos ainda realmente o que é.
7 - O tempo passa mais devagar se estivermos em órbita da Terra, o que significa que os astronautas que passaram algum tempo no espaço regressaram mais jovens do que se tivessem passado esse mesmo tempo na Terra.
6 - Os atomos são constituídos por 99,99% de vazio, o que significa que toda a matéria que constitui a Humanidade poderia caber, teoricamente, num quadrado de açúcar.
5- Uma estrela de neutrões é tão pesada que um dedal da sua matéria pesaria mais de 100 milhões de toneladas.
4 - A nuvem de gás interestelar Sagitarius 3 (também conhecida como Sagitarius B2) contem 1 bilião de bilião de bilião de litros de álcool (há astrofísicos que acreditam que são na realidade 10 biliões de biliões de biliões).
3 - As explosões mais potentes jamais vistas no Universo são ejecções de raios gama, que são um trilião de vezes mais brilhantes do que o nosso Sol.
2- Na Física Quântica, a causalidade pode funcionar ao contrário, ou seja, as nossas escolhas no presente podem afectar o nosso passado.
1- Segundo algumas teorias de cosmologia, há um número infinito de universos, a que deram o nome de "o multiverso".
* Um facto científico é uma verdade científica, mas só é válida até ser provada contrária.
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013
10 maravilhas do Universo
10 - A hipervelocidade de algumas estrelas: Existem estrelas na Via Láctea que viajam à velocidade de 3,2 milhões de quilómetros por hora. Pensa-se que podem ter sido ejectadas do buraco negro que está no centro da nossa galáxia.
9 - As balas de gás: Os buracos negros disparam por vezes balas de gás que se movem a um quarto da velocidade da luz e que podem atingir dezenas de milhões de graus centígrados.
8 - As ondas de rádio da galáxia M82: Um objecto ou astro desconhecido emite desde esse conjunto de estrelas ondas rádio nunca antes ouvidas no Universo. O objecto ou astro move-se a uma velocidade quatro vezes mais rápido do que a luz.
7 - O Grande Vazio: Existem actualmente 27 regiões vazias no universo conhecido, mas esta é a maior região do espaço conhecido onde não existe nada, nem matéria normal nem matéria negra. Mede 1 bilião de anos-luz de comprimento e situa-se no hemisfério galáctico norte.
6 - Sagitarius B: É uma nuvem inter-estelar que contem 10 biliões de biliões de biliões de litros de álcool. O álcool formou-se no interior das estrelas e está lentamente a formar uma maré gigante naquela região do espaço.
5 - O asteróide/cometa P2010/A2: O cometa tem uma cauda em X e o próprio asteróide situa-se fora do seu rasto de poeira, algo nunca antes visto.
4 - O "planeta" PSR J1719-14386: É um corpo celeste 18 vezes mais denso do que a água. Tão sólido como um planeta, provavelmente constituído em diamante, esse "astro é na realidade o núcleo cristalizado de um estrela anã branca, que orbita em torno do pulsar PSR J11719-1438 (estrelas de neutrões em rotação rápida), este último originado numa estrela que explodiu em supernova.
3 - Electricidade espacial: Descoberto na galáxia 3C303, a 2 biliões de anos-luz de nós, o fenómeno eléctrico atravessa 150 mil anos-luz dessa galáxia e estima-se ter 10'18 amperes, o equivalente a um trilião de relâmpagos, o que a torna a maior corrente eléctrica jamais registada.
2 - Os buracos brancos: Pensa-se ser o oposto de um buraco negro. Em vez de sugar matéria e luz como os buracos negros, os buracos brancos não deixam entrar nada e expelem grandes quantidades de enegria. Uma teoria diz que podem estar na origem de um fenómeno como o Big Bang. A mesma teoria já foi avançada para os buracos negros.
1 - O maior objecto do Universo conhecido: É um aglomerado (cluster) de 73 quasares com 4 biliões de anos-luz de comprimento, ou seja, 40 mil vezes maior do que a nossa galáxia. É tão vasto que desafia a lógica de todas teorias científicas actuais.
domingo, 22 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Segunda fase do projecto Mars One começa em 2014: 200 mil candidatos para ir a Marte, apesar de o bilhete ser só de ida!
Em 2012, a empresa holandesa "Mars One" anunciou que vai organizar um reality-show televisivo, cujo grupo de oito finalistas (quatro homens e quatro mulheres) vão ser enviados para Marte em 2023, numa aventura em que se tornarão os primeiros turistas marcianos. Único senão da aventura, a viagem é só de ida.
As candidaturas estiveram abertas entre Março e Agosto deste ano e em apenas cinco meses a empresa "Mars One" recebeu a candidatura de 202 mil pessoas, de 140 países. Um quarto das candidaturas chegou dos Estados Unidos (24%), seguindo-se depois a Índia (10%), China (6%) e o Brasil (5%).
No seu site, a Mars One explica que nos próximos dois anos, até 2015, vai efectuar uma nova selecção, que passará por mais três fases. A primeira fase era a da candidatura, em que todos eram aceites.
A segunda fase começa em 2014 e implica que todos os candidatos devem sujeitar-se a exames médicos.
A terceira fase é a da selecção "regional", que deverá ser transmitida em formato "reality-show" na televisão e na internet ainda em 2014 ou no início de 2015. Haverá programas diferentes em cada "região" do globo e cada região será representada por 20 a 40 candidatos, que participarão em desafios, nos quais deverão provar que são aptos para serem os primeiros colonos marcianos. Os telespectadores vão escolher um vencedor por região e a empresa Mars One escolherá os restantes.
Para chegar à fase 4, um dos critérios é falar inglês. Os candidatos serão integrados em grupos internacionais e participarão num programa televisivo a difundir para todo o planeta, em que terão de demonstrar que conseguem sobreviver em condições extremas e hostis, e que conseguem colaborar com outros mesmo em condições muito difíceis.
O objectivo é conseguir apurar até ao final de 2015 entre seis e dez equipas de quatro elementos para um treino intensivo que vai durar sete anos.
Em 2023, uma dessas equipas será a primeira a ser enviada para Marte.
"A conquista de Marte é a etapa mais importante da história da Humanidade", considera Bas Lansdorp, engenheiro mecânico de 35 anos que criou a empresa "Mars One", decidido a prosseguir com a sua ideia, apesar do cepticismo dos especialistas.
Uma das particularidades do projecto é que, por enquanto, não há viagem de volta, impossível do ponto de vista técnico, explicou Lansdorp. O empresário avalia o custo da viagem em 6 biliões de dólares, mais de duas vezes os 2,5 biliões que custou a missão do Curiosity, da Nasa, que está em Marte desde Agosto d 2012.
A seleção dos astronautas marcianos, a sua vida diária em Marte e a viagem de sete meses vão ser mostrados durante o programa de televisão, cujas receitas de publicidade se destinam a financiar a aventura.
Lansdorp explica ter tido a ideia do financiamento do projecto ao conversar com o compatriota Paul Römer, um dos criadores do reality show Big Brother, exibido pela primeira vez na Holanda, em 1999.
Alguns cientistas insurgiram-se com este projecto e questionam-se sobre a sua ética, já que Mars One propõe claramente enviar seres humanos para uma morta quase certa, num planeta desconhecido e hostil.
Os cientistas põem em causa até a possibilidade técnica do projecto, denunciam que o empresário quer apenas retirar verbas chorudas da publicidade que o programa vai gerar, para depois dizer no final que a aventura não será possível. No entanto, o projecto já mereceu o apoio de um outro holandês, Gerard't Hoofd, Prémio Nobel de Física em 1999, o que deu credibilidade ao projecto Mars One.
"Sempre houve aventureiros para lançar viagens no desconhecido. Pensemos nos vikings que foram para a América, em Cristóvão Colombo", argumentou Lansdorp, em declarações à AFP.
Lansdorp, que trabalhou com energia eólica, admite que falta concretizar vários aspectos do projecto. Só a metade das missões das grandes agências espaciais lançadas desde 1960 para pousar em Marte teve sucesso.
O dono da "Mars One" prevê criar no planeta uma colónia a partir de 2023.
O presidente americano, Barack Obama, estabeleceu como meta da Nasa enviar homens a Marte antes de 2030.
Bas Lansdorp e a sua equipa, formada por um físico, um designer industrial e um especialista de comunicação empresarial, contam em manter o controlo sobre a "coordenação geral" do projecto, mas a realização técnica ficará a cargo de empresas privadas especializadas.
Calendarização do projecto
A selecção e o treino dos candidatos astronautas começa em 2013 e o envio dos módulos habitacionais, das provisões e dos veículos robotizados está previsto acontecer entre 2016 e 2022.
Em Abril de 2023, está previsto que os primeiros quatro primeiros homens e mulheres da missão "Mars One" pisem o solo de Marte.
Outros astronautas - 21 no total, até 2033 - juntar-se-ão à colónia.
A temperatura média no planeta Marte é de 55 graus abaixo de zero e a atmosfera é composta de 95% de dióxido de carbono (CO2).
Os astronautas da Mars One terão como missão instalar a primeira colónia humana em Marte e levar a cabo pesquisas científicas. O oxigénio deverá ser produzido a partir da água presente sob a forma de gelo no subsolo marciano.
"Penso que restam perguntas que não têm sido examinadas em profundidade", avalia Chris Welch, professor de engenharia espacial da International Space University (ISU), sediada em Estrasburgo (Alsácia, França). "De um ponto de vista técnico, diria que as hipóteses reais de sucesso são 50-50", acrescentou Welch, explicando que a produção de oxigénio a partir do gelo é "possível em teoria", embora extremamente incerta.
domingo, 15 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
Um escaravelho sul-africano recorre à Via Láctea para se orientar
Cientistas descobriram que existe um escaravelho sul-africano que recorre à luz emitida pela Via Láctea para rolar as suas preciosas bolas de feze, segundo um artigo publicado em 2012 na revista norte-americana Current Biology.
Mesmo possuindo um cérebro minúsculo e com uma visão débil, estes insectos utilizam o gradiente progressivo da luz dos céus, emitido pela massa estelar da nossa galáxia, para garantir o transporte do seu alimento numa linha recta e evitando qualquer possível rival, de regresso ao seu monte de esterco.
A linha da nossa Via Láctea no céu nocturno (que na realidade é o centro galáctico da Via Láctea) está tão distante que parece ser imóvel para esse insecto, oferecendo, assim, um ponto de referência fixo à espécie.
Numa experiência sem precedentes, os biólogos da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, colocaram escaravelhos sob o céu artificial de um planetário local e descobriram que a Via Láctea forneceu aos insectos uma "bússola de luz", ajudando-os a seguir em linha recta.
"Os escaravelhos não se importam para onde vão, só precisam afastar-se de um potencial rival que lhe queira roubar o alimento", explicou Marcus Byrne, chefe do estudo.
Alguns animais, como focas, aves, bem como os humanos, recorrem às estrelas para a navegação, mas o escaravelho é o primeiro a utilizar a própria galáxia para se orientar.
Anteriormente, a equipa já tinha descoberto que os escaravelhos escalavam com dificuldade até o topo dos montes de esterco, onde executavam uma breve dança em busca das melhores fontes de luz para a sua orientação. O Sol, a Lua e a luz do centro galáctico parecem ser as suas favoritas, e não as artificiais produzidas pelo homem.
Mesmo possuindo um cérebro minúsculo e com uma visão débil, estes insectos utilizam o gradiente progressivo da luz dos céus, emitido pela massa estelar da nossa galáxia, para garantir o transporte do seu alimento numa linha recta e evitando qualquer possível rival, de regresso ao seu monte de esterco.
A linha da nossa Via Láctea no céu nocturno (que na realidade é o centro galáctico da Via Láctea) está tão distante que parece ser imóvel para esse insecto, oferecendo, assim, um ponto de referência fixo à espécie.
Numa experiência sem precedentes, os biólogos da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, colocaram escaravelhos sob o céu artificial de um planetário local e descobriram que a Via Láctea forneceu aos insectos uma "bússola de luz", ajudando-os a seguir em linha recta.
"Os escaravelhos não se importam para onde vão, só precisam afastar-se de um potencial rival que lhe queira roubar o alimento", explicou Marcus Byrne, chefe do estudo.
Alguns animais, como focas, aves, bem como os humanos, recorrem às estrelas para a navegação, mas o escaravelho é o primeiro a utilizar a própria galáxia para se orientar.
Anteriormente, a equipa já tinha descoberto que os escaravelhos escalavam com dificuldade até o topo dos montes de esterco, onde executavam uma breve dança em busca das melhores fontes de luz para a sua orientação. O Sol, a Lua e a luz do centro galáctico parecem ser as suas favoritas, e não as artificiais produzidas pelo homem.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
NASA vai plantar horta na Lua para cultivo de nabos, agriões e manjericão
A NASA vai enviar para a Lua, em 2015, uma pequena estufa com a qual pretende experimentar o cultivo de nabos, agriões e manjericão.
"O nosso conceito é o desenvolvimento de uma câmara de cultivo simples, selada, que poderá sustentar a germinação, num período de cinco a dez dias, na Lua", indicou a agência espacial norte-americana, citada na quarta-feira pela agência noticiosa espanhola Efe.
Segundo a NASA, "um filtro de papel com nutrientes dissolvidos, dentro da câmara, poderá alimentar uma centena de sementes de agriões, dez sementes de manjericão e outras dez de nabo".
O Centro Ames de Investigação da NASA explicou que, uma vez que aterrar na Lua a nave enviada para o efeito, um mecanismo libertará um pequeno depósito de água que humedecerá o papel e iniciará a germinação das sementes.
A experiência não inclui a prova de cultivo das plantas sobre solo lunar, coberto de um pó que carece de muitos dos nutrientes que suportam a vida vegetal e no qual não há o material orgânico decomposto que enriquece o solo terrestre.
Por outro lado, de acordo com a NASA, os níveis de radiação na Lua são muito mais intensos do que os verificados na Terra, uma vez que o satélite não tem uma atmosfera que detenha os raios do Sol mais perigosos.
Além disso, as temperaturas na superfície da Lua variam, no mesmo dia, entre os 100ºC e os -173ºC e o céu de luz e sombra que regula a fotossíntese está sujeito ao facto de o "dia" lunar durar 28 dias terrestres. "Usaremos a luz natural do Sol sobre a Lua como fonte de iluminação para a germinação das plantas, numa primeira demonstração do uso de recursos 'in situ'", assinalou a NASA, acrescentando que os rebentos serão fotografados em intervalos regulares, com resolução suficiente para os comparar com os modelos de crescimento em plantas de controlo na Terra.
(Este artigo foi igualmente publicado no site www.wort.lu/pt)
"O nosso conceito é o desenvolvimento de uma câmara de cultivo simples, selada, que poderá sustentar a germinação, num período de cinco a dez dias, na Lua", indicou a agência espacial norte-americana, citada na quarta-feira pela agência noticiosa espanhola Efe.
Segundo a NASA, "um filtro de papel com nutrientes dissolvidos, dentro da câmara, poderá alimentar uma centena de sementes de agriões, dez sementes de manjericão e outras dez de nabo".
O Centro Ames de Investigação da NASA explicou que, uma vez que aterrar na Lua a nave enviada para o efeito, um mecanismo libertará um pequeno depósito de água que humedecerá o papel e iniciará a germinação das sementes.
A experiência não inclui a prova de cultivo das plantas sobre solo lunar, coberto de um pó que carece de muitos dos nutrientes que suportam a vida vegetal e no qual não há o material orgânico decomposto que enriquece o solo terrestre.
Por outro lado, de acordo com a NASA, os níveis de radiação na Lua são muito mais intensos do que os verificados na Terra, uma vez que o satélite não tem uma atmosfera que detenha os raios do Sol mais perigosos.
Além disso, as temperaturas na superfície da Lua variam, no mesmo dia, entre os 100ºC e os -173ºC e o céu de luz e sombra que regula a fotossíntese está sujeito ao facto de o "dia" lunar durar 28 dias terrestres. "Usaremos a luz natural do Sol sobre a Lua como fonte de iluminação para a germinação das plantas, numa primeira demonstração do uso de recursos 'in situ'", assinalou a NASA, acrescentando que os rebentos serão fotografados em intervalos regulares, com resolução suficiente para os comparar com os modelos de crescimento em plantas de controlo na Terra.
(Este artigo foi igualmente publicado no site www.wort.lu/pt)
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Galáxia mais próxima é a Nuvem de Magalhães e situa-se a 136 mil anos-luz da Via Láctea
Astrónomos conseguiram determinar com uma exactidão sem precedentes que a galáxia mais próxima, a Grande Nuvem de Magalhães, está a 136 mil anos-luz, anunciou recentemente o Observatório Europeu do Sul (ESO, em inglês), que opera no Observatório La Silla, no norte do Chile, de onde foram feitas as medições.
"Estou muito emocionado porque os astrónomos estão já a tentar há um século medir com precisão a distância até à Grande Nuvem de Magalhães", disse Wolfgang Gieren, um dos cientistas que lidera a equipa.
"Resolvemos esta questão com um resultado demonstrável e com uma precisão de 2%", disse Gieren, astrónomo da Universidade de Concepción, situada no sul do Chile.
Além dos telescópios instalados em La Silla, os astrónomos utilizaram instrumentos de observação espalhados pelo mundo inteiro.
Os astrónomos obtiveram a distância que a Grande Nuvem de Magalhães dista da nossa galáxia, a Via Láctea, observando um estranho par de estrelas próximas, conhecidas como "as binárias eclipsantes", mediante acompanhamento do brilho e das suas velocidades orbitais, o que permite obter distâncias precisas, informou o ESO.
Gieren informou que a descoberta é um passo em frente crucial para entender a natureza da misteriosa energia escura que faz com que a expansão entre a Via Láctea e a Grande Nuvem de Magalhães esteja a acelerar.
Esta descoberta foi conseguida graças a instrumentos como o HARPS, utilizado para obter velocidades extremamente precisas de estrelas relativamente frágeis, e o SOFI, que serve para se conseguir as medidas precisas da intensidade do brilho destas estrelas. O equipamento pertence ao Observatório La Silla, instalado a 2.400 metros de altitude no deserto do Atacama, 1.400 km ao norte de Santiago do Chile, e que integra 18 telescópios.
O ESO é a principal organização astronómica intergovernamental europeia e o observatório astronómico mais produtivo do mundo. Quinze países apoiam esta instituição: Brasil, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Portugal.
"Estou muito emocionado porque os astrónomos estão já a tentar há um século medir com precisão a distância até à Grande Nuvem de Magalhães", disse Wolfgang Gieren, um dos cientistas que lidera a equipa.
"Resolvemos esta questão com um resultado demonstrável e com uma precisão de 2%", disse Gieren, astrónomo da Universidade de Concepción, situada no sul do Chile.
Além dos telescópios instalados em La Silla, os astrónomos utilizaram instrumentos de observação espalhados pelo mundo inteiro.
Os astrónomos obtiveram a distância que a Grande Nuvem de Magalhães dista da nossa galáxia, a Via Láctea, observando um estranho par de estrelas próximas, conhecidas como "as binárias eclipsantes", mediante acompanhamento do brilho e das suas velocidades orbitais, o que permite obter distâncias precisas, informou o ESO.
Gieren informou que a descoberta é um passo em frente crucial para entender a natureza da misteriosa energia escura que faz com que a expansão entre a Via Láctea e a Grande Nuvem de Magalhães esteja a acelerar.
Esta descoberta foi conseguida graças a instrumentos como o HARPS, utilizado para obter velocidades extremamente precisas de estrelas relativamente frágeis, e o SOFI, que serve para se conseguir as medidas precisas da intensidade do brilho destas estrelas. O equipamento pertence ao Observatório La Silla, instalado a 2.400 metros de altitude no deserto do Atacama, 1.400 km ao norte de Santiago do Chile, e que integra 18 telescópios.
O ESO é a principal organização astronómica intergovernamental europeia e o observatório astronómico mais produtivo do mundo. Quinze países apoiam esta instituição: Brasil, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Portugal.
domingo, 1 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
A nossa galáxia pode ter cerca de 17 mil milhões de planetas do tamanho da Terra
A nossa galáxia, a Via Láctea, pode ter cerca de 17 mil milhões de planetas de tamanho similar ao da Terra, revela uma estimativa, publicada este ano nos Estados Unidos.
Isto não significa que todos todos sejam habitáveis, mas a probabilidade de se descobrir planetas iguais à Terra aumenta claramente.
Para ser habitável, um planeta deve estar a uma distância de sua estrela que permita evitar temperaturas extremas e que a água possa existir em estado líquido, algo essencial para a vida.
Esta estimativa surge após a análise de dados obtidos pelo telescópio espacial americano Kepler, lançado em 2009 para buscar planetas fora do nosso sistema solar, ou exoplanetas.
Ao menos uma estrela em cada seis da Via Láctea tem um planeta do tamanho da Terra na sua órbita, salientou François Fressin, do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard, principal autor da pesquisa, que estima em 100 mi milhões o número de estrelas na nossa galáxia.
Fressin apresentou os resultados na conferência anual da American Astronomical Society, reunida em Long Beach, Califórnia, em Janeiro deste ano.
O telescópio espacial Kepler detecta um exoplaneta quando este passa diante de sua estrela e gera uma queda de luminosidade no local por onde transita. O telescópio identifica assim exoplanetas potenciais medindo permanentemente as mudanças de luminosidade em mais de 150 mil estrelas situadas nas constelações de Cisne e Lyra.
Durante os 16 primeiros meses de observação, Kepler identificou 2.400 potenciais exoplanetas.
Desde então, os cientistas têm tratado de determinar quantos destes sinais correspondem à presença de um exoplaneta.
Foram já mais de mil os exoplanetas descobertos desde o início dos anos 1990.
Isto não significa que todos todos sejam habitáveis, mas a probabilidade de se descobrir planetas iguais à Terra aumenta claramente.
Para ser habitável, um planeta deve estar a uma distância de sua estrela que permita evitar temperaturas extremas e que a água possa existir em estado líquido, algo essencial para a vida.
Esta estimativa surge após a análise de dados obtidos pelo telescópio espacial americano Kepler, lançado em 2009 para buscar planetas fora do nosso sistema solar, ou exoplanetas.
Ao menos uma estrela em cada seis da Via Láctea tem um planeta do tamanho da Terra na sua órbita, salientou François Fressin, do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard, principal autor da pesquisa, que estima em 100 mi milhões o número de estrelas na nossa galáxia.
Fressin apresentou os resultados na conferência anual da American Astronomical Society, reunida em Long Beach, Califórnia, em Janeiro deste ano.
O telescópio espacial Kepler detecta um exoplaneta quando este passa diante de sua estrela e gera uma queda de luminosidade no local por onde transita. O telescópio identifica assim exoplanetas potenciais medindo permanentemente as mudanças de luminosidade em mais de 150 mil estrelas situadas nas constelações de Cisne e Lyra.
Durante os 16 primeiros meses de observação, Kepler identificou 2.400 potenciais exoplanetas.
Desde então, os cientistas têm tratado de determinar quantos destes sinais correspondem à presença de um exoplaneta.
Foram já mais de mil os exoplanetas descobertos desde o início dos anos 1990.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Cientistas perderam de vista cometa Ison: está oculto ou foi derretido pelo Sol?
O cometa Ison aparentemente não resistiu à provação de passar perto do Sol, concluíram na quinta-feira à noite os astrónomos que observavam o fenómeno após examinar imagens transmitidas por vários satélites de observação solar.
"Parece que o cometa ISON provavelmente não sobreviveu ao seu périplo", concluiu Karl Battams, cometólogo do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington, durante a mesa-redonda organizada pela TV da Nasa ontem à noite.
"Acabo de ver as últimas imagens de satélite e não vejo nada a sair por detrás do disco solar; este poderia ser o golpe final", acrescentou o cientista deixando entender que o Sol terá derretido o enorme bloco de gelo espacial.
O mesmo concluiu Phil Plait, astrónomo editor do site "Bad Astronomy". "Não acredito que o cometa tenha sobrevivido", afirmou. O cometa "Ison parece ter desaparecido, ter-se desintegrado nas últimas horas", continuou Dean Pesnell, um físico solar, encarregado científico do "Solar Dynamics Observatory" ou SDO, um satélite da Nasa para observar o Sol.
"Não vemos nada e tanto o SDO quanto o SOHO (Observatório Solar e Heliosférico) são muito bons detectores de cometas", insistiu. O SOHO é uma iniciativa conjunta da Nasa e da ESA, a agência espacial europeia.
Estava previsto que Ison, um bloco de gelo e pedra espacial proveniente da Nuvem de Oort (zona que faz fronteira entre o espaço intersideral e o nosso sistema solar), se aproximaria até 1,17 milhão de quilômetros da superfície solar na quinta-feira à noite (hora de Paris), enfrentando temperaturas de 2.700 graus e perdendo três milhões de toneladas por segundo. Aparentemente, o cometa volatilizou-se, derretido pelo Sol, antes de chegar a esta zona. A maior parte dos cientistas tinham previsto que Ison não sobreviveria a esta aproximação com o Sol.
"Acredito que talvez tenha 30% de chances de fazê-lo", tinha prognosticado Carey Lisse, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins.
O Ison é/era "como uma bola de neve perdida", explicou, e "talvez a metade ou a terça parte é água, portanto é/era bastante frágil". Também é/era menor do que a maioria dos cometas, com 1,2 km de diâmetro.
Este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt
"Parece que o cometa ISON provavelmente não sobreviveu ao seu périplo", concluiu Karl Battams, cometólogo do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington, durante a mesa-redonda organizada pela TV da Nasa ontem à noite.
"Acabo de ver as últimas imagens de satélite e não vejo nada a sair por detrás do disco solar; este poderia ser o golpe final", acrescentou o cientista deixando entender que o Sol terá derretido o enorme bloco de gelo espacial.
O mesmo concluiu Phil Plait, astrónomo editor do site "Bad Astronomy". "Não acredito que o cometa tenha sobrevivido", afirmou. O cometa "Ison parece ter desaparecido, ter-se desintegrado nas últimas horas", continuou Dean Pesnell, um físico solar, encarregado científico do "Solar Dynamics Observatory" ou SDO, um satélite da Nasa para observar o Sol.
"Não vemos nada e tanto o SDO quanto o SOHO (Observatório Solar e Heliosférico) são muito bons detectores de cometas", insistiu. O SOHO é uma iniciativa conjunta da Nasa e da ESA, a agência espacial europeia.
Estava previsto que Ison, um bloco de gelo e pedra espacial proveniente da Nuvem de Oort (zona que faz fronteira entre o espaço intersideral e o nosso sistema solar), se aproximaria até 1,17 milhão de quilômetros da superfície solar na quinta-feira à noite (hora de Paris), enfrentando temperaturas de 2.700 graus e perdendo três milhões de toneladas por segundo. Aparentemente, o cometa volatilizou-se, derretido pelo Sol, antes de chegar a esta zona. A maior parte dos cientistas tinham previsto que Ison não sobreviveria a esta aproximação com o Sol.
"Acredito que talvez tenha 30% de chances de fazê-lo", tinha prognosticado Carey Lisse, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins.
O Ison é/era "como uma bola de neve perdida", explicou, e "talvez a metade ou a terça parte é água, portanto é/era bastante frágil". Também é/era menor do que a maioria dos cometas, com 1,2 km de diâmetro.
Este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt
Exposição europeia sobre o Espaço inaugurada esta sexta-feira em Lisboa
A exposição "European Space Expo" chega a Lisboa, onde é hoje inaugurada, para mostrar o que se faz na indústria do Espaço e os benefícios da tecnologia espacial para as populações.
A exposição, que já precorreu 17 cidades europeias, é organizada pela Comissão Europeia e fica patente até 9 de Dezembro, na praça do Comércio, e tem entrada gratuita. A mostra apresenta informação sobre diversos programas europeus, como o sistema de observação terrestre Copernicus e o sistema de navegação EGNOS/Galileo, com o qual será possível perceber quando um animal escapou à manada, definir rotas aéreas que perturbem menos as populações ou planear melhor as redes de distribuição de gás, luz e água.
No quiosque "Espaço fabricado em Portugal", os visitantes podem aceder a informação sobre as empresas nacionais que participam nos programas da Agência Espacial Europeia, incluindo o EGNOS e o Galileo. A exposição inclui equipamentos como um "OmniGlobe" - holograma interativo da atmosfera terrestre - ou um modelo de um satélite Galileo. Na "European Space Expo" haverá apresentações de 15 minutos, seguidas de perguntas e respostas, sobre tecnologia espacial e astronomia.
A 7 de Dezembro, o astronauta italiano da Agência Espacial Europeia Paolo Nespoli partilhará a sua experiência como engenheiro de voo na missão MagISStra, na conferência "Seis Meses fora deste Mundo". A exposição é inaugurada pelo vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Indústria e pelo Empreendedorismo, Antonio Tajani, e pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Na cerimónia participa Alexandre Lourenço, a criança portuguesa que vai dar o seu nome a um dos satélites Galileo. A "European Space Expo" conta com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa, da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, do Planetário Calouste Gulbenkian e do Turismo de Lisboa. A mostra itinerante já foi vista por mais de 300 mil pessoas.
(Este artigo foi publicado no site wort.lu/pt)
A exposição, que já precorreu 17 cidades europeias, é organizada pela Comissão Europeia e fica patente até 9 de Dezembro, na praça do Comércio, e tem entrada gratuita. A mostra apresenta informação sobre diversos programas europeus, como o sistema de observação terrestre Copernicus e o sistema de navegação EGNOS/Galileo, com o qual será possível perceber quando um animal escapou à manada, definir rotas aéreas que perturbem menos as populações ou planear melhor as redes de distribuição de gás, luz e água.
No quiosque "Espaço fabricado em Portugal", os visitantes podem aceder a informação sobre as empresas nacionais que participam nos programas da Agência Espacial Europeia, incluindo o EGNOS e o Galileo. A exposição inclui equipamentos como um "OmniGlobe" - holograma interativo da atmosfera terrestre - ou um modelo de um satélite Galileo. Na "European Space Expo" haverá apresentações de 15 minutos, seguidas de perguntas e respostas, sobre tecnologia espacial e astronomia.
A 7 de Dezembro, o astronauta italiano da Agência Espacial Europeia Paolo Nespoli partilhará a sua experiência como engenheiro de voo na missão MagISStra, na conferência "Seis Meses fora deste Mundo". A exposição é inaugurada pelo vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Indústria e pelo Empreendedorismo, Antonio Tajani, e pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Na cerimónia participa Alexandre Lourenço, a criança portuguesa que vai dar o seu nome a um dos satélites Galileo. A "European Space Expo" conta com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa, da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, do Planetário Calouste Gulbenkian e do Turismo de Lisboa. A mostra itinerante já foi vista por mais de 300 mil pessoas.
(Este artigo foi publicado no site wort.lu/pt)
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Cometa Ison passa hoje perto do Sol, mas dificilmente será observável
Foto: Hubble |
O cometa Ison vai passar hoje perto do Sol, mas dificilmente será observável a partir da Terra, porque o seu brilho será ofuscado pelo do "astro-rei", indicou o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL).
O Ison, que foi avistado pela primeira vez em Setembro do ano passado por astrónomos russos, é um cometa especial que vem da nuvem de Oort, uma camada que rodeia todo o Sistema Solar e que, acreditam os cientistas, é formada pelos restos da nebulosa que deu lugar ao Sol e aos planetas, há cerca de 4.600 milhões de anos.
Em declarações à agência Lusa, o director do Departamento de Mediação Científica do CAAUL, João Retrê, referiu que, quando o cometa passar, "o ponto da sua órbita mais perto do Sol será extremamente difícil" de observá-lo a partir da Terra, mesmo recorrendo a telescópios. João Retrê explicou que, devido à proximidade do cometa com o "astro-rei", o brilho do Ison "será ofuscado pelo brilho do Sol, perdendo o contraste relativamente ao brilho de fundo do céu".
A aproximação do cometa ao Sol poderá culminar na sua explosão ou, caso contrário, poderá fornecer aos cientistas pistas sobre a sua formação.Na sua viagem até à periferia do Sol, o cometa estará a 1,8 milhões de quilómetros do "astro-rei" e atingirá uma temperatura de cerca de cinco mil graus.
O director do Departamento de Mediação Científica do CAAUL adiantou que, se o Ison não for "destruído pelas forças gravitacionais a que estará sujeito na sua passagem pelo periélio [ponto da órbita do cometa mais perto do Sol], poderá ser observado durante grande parte da noite a partir, aproximadamente, de meados de Dezembro e durante Janeiro".
A melhor altura para tentar observá-lo a olho nu, ou com equipamentos, será no início de Dezembro, a leste, antes do nascer do Sol. "A partir da segunda quinzena de Dezembro, o brilho do cometa terá diminuído tanto que só o conseguiremos observar recorrendo ao auxílio de telescópios ou binóculos", sustentou João Retrê.
(Este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt)
Imagem: AP |
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Americanos e chineses com missões simultâneas na Lua
A sonda americana LADEE (Lunar Atmosphere and Dust Ambiente Explorer) e a sonda chinesa Chang'e-3 deverão cruzar-se em Dezembro na Lua, altura em que os dois países vão ter missões a decorrer simultaneamente no nosso satélie natural.
A Nasa lançou em Setembro uma nova sonda para orbitar a Lua, cuja missão é descobrir os segredos da sua fina atmosfera.
Esta sonda não tripulada (ver imagem), do tamanho de um pequeno carro, foi lançada a bordo de um foguetão Minotaur V, míssil intercontinental adaptado, do Centro Espacial Wallops na costa da Virgínia.
Com 383 quilos de peso e equipada com três instrumentos científicos, inclusive dois espectrómetros, a sonda LADEE vai colectar dados detalhados sobre a estrutura e a composição química da atmosfera lunar, que é muito fina, e determinará se a poeira permanece em suspensão. A poeira em suspensão poderia explicar o mistério das luzes observadas pelos astronautas da missão Apolo, entre 1969 e 1972, no horizonte lunar logo antes do amanhecer, disse a Nasa.
Uma melhor compreensão das características da atmosfera do vizinho celeste mais próximo da Terra poderia ajudar os cientistas a entender outros objectos do sistema solar, como o planeta Mercúrio ou os grandes asteróides, explicaram os especialistas a cargo desta missão que custou 280 milhões de dólares, iniciada em 2008.
"Quando deixámos a Lua (há 40 anos), pensávamos que era uma superfície menos antiga, sem atmosfera", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa e encarregado de missões científicas.
"Graças às sondas de reconhecimento, descobrimos que a Lua é cientificamente muito mais interessante, que continua evoluindo e, de facto, tem uma espécie de atmosfera", acrescentou. Para Grunsfeld, esta missão "pode ajudar a entender melhor a diversidade do nosso sistema solar e sua evolução".
Mas o estudo da atmosfera lunar deve ser feito sem demora antes que as missões de exploração alterem este equilíbrio frágil, acrescentou Sarah Nole, cientista do programa LADEE. "A atmosfera lunar é tão fina e frágil que um trem de aterragem pode afectá-la", advertiu Nole.
A sonda LADEE permaneceu os primeiros 40 dias muito acima da superfície lunar para realizar uma série de testes e utilizou uma nova tecnologia a laser de transmissão tão potente como a das redes de fibra óptica terrestre. Depois disso, iniciou a sua missão de estudo científico da atmosfera lunar, que vai durar 100 dias.
A última missão da Nasa à Lua foi em 2012 com o lançamento das sondas gémeas GRAIL, que estudaram o interior lunar e mediram o campo gravitacional lunar.
Antes disso, em 2009, os Estados Unidos lançaram as duas sondas LRO/LCROSS, que confirmaram a presença de água em forma de gelo num cratera no pólo sul da Lua.
Astronautas americanos pisaram pela primeira vez a Lua em 1969 e os últimos exploradores da era Apolo visitaram o satélite natural da Terra em 1972. A Nasa não tem, para já, planos de enviar uma missão tripulada para a Lua.
A sonda LADEE foi concebida quando a agência espacial americana tinha previsto voltar a enviar humanos à Lua como parte do programa Constellation, que o presidente Barack Obama cancelou por ter um orçamento alto demais.
O próximo projecto de exploração humana da Nasa é enviar uma missão tripulada a Marte até 2030.
Desde a era Apolo, em que foram enviadas 40 missões para a Lua, LADEE é a segunda sonda lunar que não é lançada de Cabo Cañaveral, na Flórida. Em 1994, a sonda Clementine partiu da Califórnia e a LADEE foi lançada do Centro Espacial de Wallops, situado a 270 km de Washington. Criado em 1945, essa base tem sido utilizada para lançar pequenas naves suborbitais e balões científicos.
A missão chinesa Chang'e-3
Vários países, especialmente a China, manifestaram a intenção de ir à Lua. Pequim anunciou o lançamento de uma sonda com um módulo de aterragem a lançar no final deste mês de Novembro.
Será a primeira sonda espacial chinesa com o objectivo de pousar em solo lunar e o primeiro engenho humano a pousar na Lua após 37 anos de ausência. A última sonda humana a pousar a Lua foi a Luna 24, em 1976, que trouxe amostras do solo lunar,
A sonda chinesa vai desembarcar na Lua um módulo rover que terá como tarefa explorar o satélite natural. O rover tem seis rodas, pesa 120 kg e pode transportar 20 kg de carga. Foi concebido para percorrer 10 km de distância e a sua energia é fornecida por painéis solares. O rover integra um radar para estudar o subsolo lunar, uma câmara de filmar que pode transmitir em directo para a Terra e um telescópio óptico.
A sonda Chang'e-3 faz parte do programa lunar chinês que inclui em 2015 trazer amostras de rochas e solo lunares. A sonda tem nove meses de vida.
O lançamento da sonda, a primeira chinesa a pousar na Lua, acontecerá a partir do centro espacial de Xichang, num lançador "Longa Marcha 3B".
Esta missão significa muitas estreias para o programa espacial chinês: aterragem num outro astro, missão com um rover-robot a bordo e utilização de um gerador nuclear eléctrico (para a aterragem).
A técnica para diminuir a velocidade e permitir uma aterragem suave no solo lunar ainda não foi revelada.
Na mitologia chinesa, Chang'e é o nome de uma mulher que vivia na Lua, num palácio de jade. Esta é a terceira sonda espacial com este nome, duas anteriores foram enviadas em 2007 e 2010 para observar o satélite natural.
A Nasa lançou em Setembro uma nova sonda para orbitar a Lua, cuja missão é descobrir os segredos da sua fina atmosfera.
Esta sonda não tripulada (ver imagem), do tamanho de um pequeno carro, foi lançada a bordo de um foguetão Minotaur V, míssil intercontinental adaptado, do Centro Espacial Wallops na costa da Virgínia.
Com 383 quilos de peso e equipada com três instrumentos científicos, inclusive dois espectrómetros, a sonda LADEE vai colectar dados detalhados sobre a estrutura e a composição química da atmosfera lunar, que é muito fina, e determinará se a poeira permanece em suspensão. A poeira em suspensão poderia explicar o mistério das luzes observadas pelos astronautas da missão Apolo, entre 1969 e 1972, no horizonte lunar logo antes do amanhecer, disse a Nasa.
Uma melhor compreensão das características da atmosfera do vizinho celeste mais próximo da Terra poderia ajudar os cientistas a entender outros objectos do sistema solar, como o planeta Mercúrio ou os grandes asteróides, explicaram os especialistas a cargo desta missão que custou 280 milhões de dólares, iniciada em 2008.
"Quando deixámos a Lua (há 40 anos), pensávamos que era uma superfície menos antiga, sem atmosfera", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa e encarregado de missões científicas.
"Graças às sondas de reconhecimento, descobrimos que a Lua é cientificamente muito mais interessante, que continua evoluindo e, de facto, tem uma espécie de atmosfera", acrescentou. Para Grunsfeld, esta missão "pode ajudar a entender melhor a diversidade do nosso sistema solar e sua evolução".
Mas o estudo da atmosfera lunar deve ser feito sem demora antes que as missões de exploração alterem este equilíbrio frágil, acrescentou Sarah Nole, cientista do programa LADEE. "A atmosfera lunar é tão fina e frágil que um trem de aterragem pode afectá-la", advertiu Nole.
A sonda LADEE permaneceu os primeiros 40 dias muito acima da superfície lunar para realizar uma série de testes e utilizou uma nova tecnologia a laser de transmissão tão potente como a das redes de fibra óptica terrestre. Depois disso, iniciou a sua missão de estudo científico da atmosfera lunar, que vai durar 100 dias.
A última missão da Nasa à Lua foi em 2012 com o lançamento das sondas gémeas GRAIL, que estudaram o interior lunar e mediram o campo gravitacional lunar.
Antes disso, em 2009, os Estados Unidos lançaram as duas sondas LRO/LCROSS, que confirmaram a presença de água em forma de gelo num cratera no pólo sul da Lua.
Astronautas americanos pisaram pela primeira vez a Lua em 1969 e os últimos exploradores da era Apolo visitaram o satélite natural da Terra em 1972. A Nasa não tem, para já, planos de enviar uma missão tripulada para a Lua.
A sonda LADEE foi concebida quando a agência espacial americana tinha previsto voltar a enviar humanos à Lua como parte do programa Constellation, que o presidente Barack Obama cancelou por ter um orçamento alto demais.
O próximo projecto de exploração humana da Nasa é enviar uma missão tripulada a Marte até 2030.
Desde a era Apolo, em que foram enviadas 40 missões para a Lua, LADEE é a segunda sonda lunar que não é lançada de Cabo Cañaveral, na Flórida. Em 1994, a sonda Clementine partiu da Califórnia e a LADEE foi lançada do Centro Espacial de Wallops, situado a 270 km de Washington. Criado em 1945, essa base tem sido utilizada para lançar pequenas naves suborbitais e balões científicos.
A missão chinesa Chang'e-3
Vários países, especialmente a China, manifestaram a intenção de ir à Lua. Pequim anunciou o lançamento de uma sonda com um módulo de aterragem a lançar no final deste mês de Novembro.
Será a primeira sonda espacial chinesa com o objectivo de pousar em solo lunar e o primeiro engenho humano a pousar na Lua após 37 anos de ausência. A última sonda humana a pousar a Lua foi a Luna 24, em 1976, que trouxe amostras do solo lunar,
A sonda chinesa vai desembarcar na Lua um módulo rover que terá como tarefa explorar o satélite natural. O rover tem seis rodas, pesa 120 kg e pode transportar 20 kg de carga. Foi concebido para percorrer 10 km de distância e a sua energia é fornecida por painéis solares. O rover integra um radar para estudar o subsolo lunar, uma câmara de filmar que pode transmitir em directo para a Terra e um telescópio óptico.
A sonda Chang'e-3 faz parte do programa lunar chinês que inclui em 2015 trazer amostras de rochas e solo lunares. A sonda tem nove meses de vida.
O lançamento da sonda, a primeira chinesa a pousar na Lua, acontecerá a partir do centro espacial de Xichang, num lançador "Longa Marcha 3B".
Esta missão significa muitas estreias para o programa espacial chinês: aterragem num outro astro, missão com um rover-robot a bordo e utilização de um gerador nuclear eléctrico (para a aterragem).
A técnica para diminuir a velocidade e permitir uma aterragem suave no solo lunar ainda não foi revelada.
Na mitologia chinesa, Chang'e é o nome de uma mulher que vivia na Lua, num palácio de jade. Esta é a terceira sonda espacial com este nome, duas anteriores foram enviadas em 2007 e 2010 para observar o satélite natural.
A sonda Chang'e-3 num deserto, numa fase-teste |
terça-feira, 26 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
DD- Documentários ao Domingo: Descobrindo o espaço profundo
Um documentário britânico sobre os telescópios do século XXI que estão a permitir aos astrónomos observar o espaço profundo como nunca antes.
Primeiro, o Very Large Telescope (VLT), no Chile, um projecto imaginado em 1977, lançado dez anos mais tarde, mas cujos 4 telescópios só começaram a trabalhar em conjunto há três anos.
Graças ao VLT, os astrónomos estão a descobrir o espaço profundo, que não era possível observar há cinco ou dez anos. De repente, no espaço negro e profundo, começou a aparecer a luz de corpos celestes que estavam "invisíveis" e a milhões de anos-luz.
Já ouviram falar no Sofia? O Sofia é um avião jumbo reconvertido em telescópio, ou melhor é o "Observatório Estratosférico para a Astronomia por Infra-Vermelhos" ou "Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy" (Sofia), um projecto da Nasa com cooperação alemã. O primeiro voo deu-se em 2007, mas esta é a primeira vez que uma equipa de televisão sobe a bordo.
Estes são apenas dois exemplos, mas há mais, e alguns deles podem até nem parecer telescópios.
Um filme de 60 minutos, sem o funtástico astrónomo "star" inglês Brian Cox, mas com o cunho sério da BBC. Muito bom. E a voz off envolvente de Sara Mendes da Costa.
Primeiro, o Very Large Telescope (VLT), no Chile, um projecto imaginado em 1977, lançado dez anos mais tarde, mas cujos 4 telescópios só começaram a trabalhar em conjunto há três anos.
Graças ao VLT, os astrónomos estão a descobrir o espaço profundo, que não era possível observar há cinco ou dez anos. De repente, no espaço negro e profundo, começou a aparecer a luz de corpos celestes que estavam "invisíveis" e a milhões de anos-luz.
Já ouviram falar no Sofia? O Sofia é um avião jumbo reconvertido em telescópio, ou melhor é o "Observatório Estratosférico para a Astronomia por Infra-Vermelhos" ou "Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy" (Sofia), um projecto da Nasa com cooperação alemã. O primeiro voo deu-se em 2007, mas esta é a primeira vez que uma equipa de televisão sobe a bordo.
Estes são apenas dois exemplos, mas há mais, e alguns deles podem até nem parecer telescópios.
Um filme de 60 minutos, sem o funtástico astrónomo "star" inglês Brian Cox, mas com o cunho sério da BBC. Muito bom. E a voz off envolvente de Sara Mendes da Costa.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
A partir de 2015, ISS é desactivada e a China lança a sua estação orbital - inversão das potênciais espaciais?
Onze anos depois de ter enviado o primeiro astronauta (taikonauta, em chinês) ao espaço, a China mantém o seu ambicioso programa espacial, que dá ao país prestígio militar e económico, enquanto a concorrente americana, Nasa, está paralisada devido a uma crise orçamentária.
Cronologia do programa espacial chinês
Em 15 de Outubro de 2003, o taikonauta Yang Liwei orbitou 14 vezes a Terra a bordo de uma nave Shenzhou 5, em 21 horas, abrindo o caminho da China para a exploração espacial.
Mais de 40 anos depois do voo histórico do soviético Yuri Gagarine, esta façanha fez da China o terceiro país, depois de URSS e dos Estados Unidos, capaz de enviar uma missão espacial tripulada.
Desde então, a China enviou mais dez taikonautas - oito homens e duas mulheres - ao espaço em cinco missões, assim como um módulo espacial para orbitar a Terra, o Tiangong-1.
O Estado, que financia este programa supervisionado pelo Exército investindo biliões de dólares, considera que se trata de um sinal importante do novo estatuto internacional do país, do seu domínio tecnológico e também da capacidade do Partido Comunista de modificar o destino de uma nação outrora castigada pela pobreza.
As ambições chinesas só ficarão plenamente satisfeitas no dia em que um chinês pisar a superfície da Lua, antecedido até ao fim deste ano pela sonda Chang'e-3.
O próximo objectivo é concluir a construção de uma estação espacial orbital, a Tiangong-3, até 2015.
Na mesma época, a Estação Espacial Internacional (ISS), desenvolvida por Estados Unidos, Europa, Rússia, Japão e Canadá, será abandonada depois de 20 anos de serviços.
Esta coincidência simbólica pode reflectir também o deslocamento dos centros de poder no mundo na próxima década.
O rápido desenvolvimento do programa espacial chinês contrasta profundamente com o dos Estados Unidos, que lançou o seu último foguetão em 2011 e cujos projectos de futuro são, por enquanto, vagos.
"Na Ásia, a China é considerada a líder regional da área espacial, o que dá ao país um verdadeiro prestígio militar e económico", afirma Joan Johnson-Freese, encarregada de assuntos de segurança no Colégio de Guerra da Marinha em Newport, e especialista em actividades espaciais chinesas. "No resto do mundo, a vantagem económica para a China é não ser considerada capaz de produzir apenas roupa barata", acrescentou.
A China ainda está longe das conquistas de Estados Unidos e da ex-União Soviética - embora tenha aprendido com os dois - e faltam pouco anos para conseguir construir a sua estação espacial.
Enquanto isso não acontece, Yang Liwei, general e vice-director da agência chinesa encarregada de programas tripulados, recebe solicitações de países em vias de desenvolvimento que querem enviar astronautas até ao espaço.
"Gostaríamos de treinar astronautas de outros países e organizações que nos fazem este tipo de pedidos e adoraríamos realizar missões para astronautas estrangeiros", declarou, em Setembro, durante um seminário em Pequim organizado pela ONU e pela China sobre tecnologia espacial. O Paquistão já indicou que quer estar entre os primeiros.
O programa espacial chinês, previsto para os próximos 30 anos, baseia-se numa "vontade política que não tem que responder a um eleitorado para perdurar, algo que, evidentemente é muito mais difícil para as democracias", afirmou Johnson-Freese.
Cronologia do programa espacial chinês
Em 15 de Outubro de 2003, o taikonauta Yang Liwei orbitou 14 vezes a Terra a bordo de uma nave Shenzhou 5, em 21 horas, abrindo o caminho da China para a exploração espacial.
O fato de um taikonauta Foto: AFP |
Mais de 40 anos depois do voo histórico do soviético Yuri Gagarine, esta façanha fez da China o terceiro país, depois de URSS e dos Estados Unidos, capaz de enviar uma missão espacial tripulada.
Desde então, a China enviou mais dez taikonautas - oito homens e duas mulheres - ao espaço em cinco missões, assim como um módulo espacial para orbitar a Terra, o Tiangong-1.
O Estado, que financia este programa supervisionado pelo Exército investindo biliões de dólares, considera que se trata de um sinal importante do novo estatuto internacional do país, do seu domínio tecnológico e também da capacidade do Partido Comunista de modificar o destino de uma nação outrora castigada pela pobreza.
As ambições chinesas só ficarão plenamente satisfeitas no dia em que um chinês pisar a superfície da Lua, antecedido até ao fim deste ano pela sonda Chang'e-3.
O próximo objectivo é concluir a construção de uma estação espacial orbital, a Tiangong-3, até 2015.
Na mesma época, a Estação Espacial Internacional (ISS), desenvolvida por Estados Unidos, Europa, Rússia, Japão e Canadá, será abandonada depois de 20 anos de serviços.
Esta coincidência simbólica pode reflectir também o deslocamento dos centros de poder no mundo na próxima década.
O rápido desenvolvimento do programa espacial chinês contrasta profundamente com o dos Estados Unidos, que lançou o seu último foguetão em 2011 e cujos projectos de futuro são, por enquanto, vagos.
"Na Ásia, a China é considerada a líder regional da área espacial, o que dá ao país um verdadeiro prestígio militar e económico", afirma Joan Johnson-Freese, encarregada de assuntos de segurança no Colégio de Guerra da Marinha em Newport, e especialista em actividades espaciais chinesas. "No resto do mundo, a vantagem económica para a China é não ser considerada capaz de produzir apenas roupa barata", acrescentou.
A China ainda está longe das conquistas de Estados Unidos e da ex-União Soviética - embora tenha aprendido com os dois - e faltam pouco anos para conseguir construir a sua estação espacial.
Enquanto isso não acontece, Yang Liwei, general e vice-director da agência chinesa encarregada de programas tripulados, recebe solicitações de países em vias de desenvolvimento que querem enviar astronautas até ao espaço.
"Gostaríamos de treinar astronautas de outros países e organizações que nos fazem este tipo de pedidos e adoraríamos realizar missões para astronautas estrangeiros", declarou, em Setembro, durante um seminário em Pequim organizado pela ONU e pela China sobre tecnologia espacial. O Paquistão já indicou que quer estar entre os primeiros.
O programa espacial chinês, previsto para os próximos 30 anos, baseia-se numa "vontade política que não tem que responder a um eleitorado para perdurar, algo que, evidentemente é muito mais difícil para as democracias", afirmou Johnson-Freese.
domingo, 17 de novembro de 2013
DD - Documentários ao Domingo - Os Mistérios da Via Láctea
A descoberta dos mistérios da nossa galáxia, desde os tempos de Galileu, passando por Newton, Herschel até à descoberta do que era a "Nebulosa de Andrómeda" e o avistamento de exoplanetas.
É o episódio 15 da temporada 37, da série "Nova".
É o episódio 15 da temporada 37, da série "Nova".
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Fragmento de cometa é encontrado pela primeira vez na Terra
Uma equipa de cientistas sul-africanos identificou pela primeira vez vestígios de um cometa que explodiu sobre o Egipto ao entrar na atmosfera há 28 milhões de anos, segundo notícia avançada pela Universidade de Witwatersrand (Wits), em Joanesburgo.
Além de destruir toda forma de vida na região de impacto, a explosão causou um aumento da temperatura da areia até os 2.000° C, o que provocou a formação de uma quantidade impressionante de cristais de silício amarelo, dispersos por 6.000 km2 pelo deserto do Saara.
A peça central de um broche do faraó Tutancamon, que representa um escaravelho, foi feita a partir desse cristal, garante a universidade.
Graças ao estudo de uma pedra preta misteriosa, encontrada em 1996 por um geólogo egípcio dentro de um de cristal de silício, a equipa científica acredita ter encontrado "o primeiro exemplar conhecido do núcleo de um cometa" e da "primeira prova de um cometa que entrou na atmosfera terrestre e explodiu"-
"A pedra pesa 30 gramas, contem um componente extraterrestre e 65% de carbono, enquanto os meteoritos contêm apenas 3% de carbono", explicou à AFP o professor catedrático Jan Krammers, do departamento de Geologia da Universidade de Joanesburgo.
A explosão também deu origem a diamantes microscópicos. Os diamantes formam-se quando o carbono é submetido a temperatura e pressão extremas.
Os cometas, que são pedras de gelo misturadas com poeira espacial, "visitam regularmente os nossos céus", explica, por seu lado, o professor David Block, citado no comunicado de Wits, onde chefia o laboratório de poeira cósmica.
Mas nunca até agora tinha sido encontrado um cometa na Terra. Até o momento só tinha sido identificada poeira rica em carbono no gelo do Ártico ou partículas de poeira microscópicas na alta atmosfera.
"Os cometas contêm a chave que permite compreender a formação do nosso aistema aolar e esta descoberta oferece-nos uma ocasião sem precedentes para estudar o material dos cometas em primeira mão", diz Block.
Além de destruir toda forma de vida na região de impacto, a explosão causou um aumento da temperatura da areia até os 2.000° C, o que provocou a formação de uma quantidade impressionante de cristais de silício amarelo, dispersos por 6.000 km2 pelo deserto do Saara.
A peça central de um broche do faraó Tutancamon, que representa um escaravelho, foi feita a partir desse cristal, garante a universidade.
Graças ao estudo de uma pedra preta misteriosa, encontrada em 1996 por um geólogo egípcio dentro de um de cristal de silício, a equipa científica acredita ter encontrado "o primeiro exemplar conhecido do núcleo de um cometa" e da "primeira prova de um cometa que entrou na atmosfera terrestre e explodiu"-
"A pedra pesa 30 gramas, contem um componente extraterrestre e 65% de carbono, enquanto os meteoritos contêm apenas 3% de carbono", explicou à AFP o professor catedrático Jan Krammers, do departamento de Geologia da Universidade de Joanesburgo.
A explosão também deu origem a diamantes microscópicos. Os diamantes formam-se quando o carbono é submetido a temperatura e pressão extremas.
Os cometas, que são pedras de gelo misturadas com poeira espacial, "visitam regularmente os nossos céus", explica, por seu lado, o professor David Block, citado no comunicado de Wits, onde chefia o laboratório de poeira cósmica.
Mas nunca até agora tinha sido encontrado um cometa na Terra. Até o momento só tinha sido identificada poeira rica em carbono no gelo do Ártico ou partículas de poeira microscópicas na alta atmosfera.
"Os cometas contêm a chave que permite compreender a formação do nosso aistema aolar e esta descoberta oferece-nos uma ocasião sem precedentes para estudar o material dos cometas em primeira mão", diz Block.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Telescópio espacial Planck foi desactivado
O telescópio espacial Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), uma máquina capaz de capturar a essência do início do Universo, foi desativado no final de Outubro, após quatro anos e meio de serviço, anunciou a agência espacial europeia ESA.
Os controladores da missão do Centro de operações da ESA, com sede em Darmstad (Alemanha), transmitiram a 23 de Outubro a sua última ordem ao satélite, após o que desligaram os seus emissores.
"Causou-nos muita pena direccionar as últimas operações ao satélite Planck, mas também tem sido um motivo para comemorar o extraordinário sucesso desta missão", explicou em comunicado Steve Foley, responsável pela gestão das operações do satélite europeu do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) da ESA.
Planck, que iniciou sua missão em 2009, era capaz de detectar com uma sensibilidade sem precedentes, a radiação de fundo cósmico (ou radiação de fundo de micro-ondas, CMB, na sigla em inglês), ou seja, a radiação fóssil do Big Bang.
Os dados que transmitiu ao longo de quatro anos permitiram elaborar a mais precisa imagem disponível do Universo na sua infância. O primeiro mapa detalhado da radiação CMB capturada por Planck foi revelado no início de 2013, e os restantes dados da missão Planck estão actualmente a ser estudados para serem divulgados em 2014.
Os controladores da missão do Centro de operações da ESA, com sede em Darmstad (Alemanha), transmitiram a 23 de Outubro a sua última ordem ao satélite, após o que desligaram os seus emissores.
"Causou-nos muita pena direccionar as últimas operações ao satélite Planck, mas também tem sido um motivo para comemorar o extraordinário sucesso desta missão", explicou em comunicado Steve Foley, responsável pela gestão das operações do satélite europeu do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) da ESA.
Planck, que iniciou sua missão em 2009, era capaz de detectar com uma sensibilidade sem precedentes, a radiação de fundo cósmico (ou radiação de fundo de micro-ondas, CMB, na sigla em inglês), ou seja, a radiação fóssil do Big Bang.
Os dados que transmitiu ao longo de quatro anos permitiram elaborar a mais precisa imagem disponível do Universo na sua infância. O primeiro mapa detalhado da radiação CMB capturada por Planck foi revelado no início de 2013, e os restantes dados da missão Planck estão actualmente a ser estudados para serem divulgados em 2014.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Sonda indiana precisa de 1 mês para sair da órbita da Terra, antes de rumar a Marte
Foto: AFP |
A nave espacial enviada pela Índia completou a primeira de uma série de activações dos seus motores, concebidos para libertá-la da atracção terrestre e propulsá-la em direcção a Marte, revelaram na sexta-feira os cientistas responsáveis pela missão, da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês).
A primeira "manobra de saída de órbita", que envolveu a activação de um propulsor movido a combustível líquido, foi executada na quinta-feira. Seguiu-se uma segunda activação na sexta-feira.
"A segunda manobra de saída da órbita da nave aconteceu a 8 de Novembro, com um tempo de queima de 570,6 segundos, e foi concluída com sucesso", destaca em comunicado a ISRO, com sede em Bangalore.
A sonda carece de potência para viajar directamente até Marte, por isso está a orbitar a Terra durante quase um mês e a activação dos motores deve aplicar a velocidade necessária ao foguetão para que possa libertar-se da atracção gravitacional do nosso planeta.
Só quando concluir as seis manobras de activação dos motores com êxito é que vai iniciar-se a segunda fase da sua viagem de nove meses até ao planeta vermelho.
O principal objectivo da missão indiana é detectar metano na atmosfera marciana, o que pode ser o sinal de algum tipo de vida no quarto planeta do Sistema Solar.
Se a missão foir bem sucedida, a Índia tornar-se-á o primeiro país asiático a chegar a Marte, com uma nave não tripulada. Nunca antes a Índia se tinha aventurado em viagens interplanetárias e mais da metade de todas as missões a Marte fracassaram, inclusive a da China, em 2011, e a do Japão, em 2003.
A sonda "Mars Orbiter Mission" (MOM), informalmente chamada "Mangalyaan" ("Mars-craft"), deverá deixar a órbita da Terra no início de Dezembro e aterrar em Marte nove meses depois, em Agosto de 2014.
O projecto, orçado em 4,5 biliões de rúpias (73 miliões de dólares), representa menos de um sexto dos 455 miliões de dólares que a Nasa gastou na sua nova sonda marciana, a Maven, que tem lançamento previsto para o final de Novembro.
O presidente da ISRO, K. Radhakrishnan, denominou a missão de um "ponto crítico" para as ambições espaciais da Índia e algo que demonstrará as habilidades do país na tecnologia dos foguetões.
domingo, 10 de novembro de 2013
DD - Documentários ao Domingo: "A Vida para Além da Terra - Estamos sozinhos?"
Hoje apresentamos mais um episódio da série "Nova", hoje dedicada às missões que têm como tarefa descobrir sinais de vida bacteriológica e/ou inteligente para além das margens conhecidas da Terra, na imensidão do oceano cósmico, o Universo.
sábado, 9 de novembro de 2013
Tocha olímpica vai viajar no espaço
Os cosmonautas russos Oleg Kotov e Serguei Riazanski e o astronauta americano Michael Hopkins (Foto: AFP) |
A tocha olímpica chegou quinta-feira a bordo da nave russa Soyuz à Estação Espacial Internacional (ISS).
Os cosmonautas russos Oleg Kotov e Serguei Riazanski estão na ISS desde Setembro e uma das suas missões durante os 168 dias que vão estar a bordo da estação orbital internacional é fazer uma saída histórica no espaço com a tocha olímpica dos Jogos de Inverno de Sochi (Rússia), que vão ter lugar em Fevereiro de 2014. Uma estreia para a tocha olímpica.
A tocha chegou à Rússia em 6 de Outubro e o passeio no espaço está previsto para este sábado.
A tocha regressa depois à Terra e continua a sua viagem até a cidade russa às margens do Mar Negro.
Kotov e Riazanski chegaram em 26 de Setembro à ISS, acompanhados pelo astronauta americano Michael Hopkins.
Kotov é um médico militar de 47 anos, e comandante da missão, e Riazanski é um biólogo de 39 anos e engenheiro de bordo.
Hopkins tem 44 anos e é um oficial da aeronáutica.
A bordo da ISS foram recebidos pelo italiano Luca Parmitano, o russo Fiodor Yurchikhin e a americana Karen Nyberg.
(veja o vídeo da chegada da tocha olímpica à ISS)
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Asteróide com seis caudas surpreende astrónomos
Um asteróide foi captado entre Agosto e Setembro pelo telescópio espacial Hubble e espantou os astrónomos norte-americanos, por ter a aparência de um cometa com seis caudas e a girar sobre si próprio, foi hoje anunciado.
Um asteróide foi captado entre Agosto e Setembro pelo telescópio espacial Hubble e espantou os astrónomos norte-americanos, por ter a aparência de um cometa com seis caudas e a girar sobre si próprio, foi hoje anunciado. "Ficámos literalmente estupefactos com o que vimos", afirmou David Jewitt, astrónomo da Universidade da Califórnia (Los Angeles) que descobriu o asteróide, a partir de observações feitas em Setembro.
A equipa de astrónomos descreveu o asteróide com a forma de um regador automático de relva, que projectava poeiras através de seis caudas, como um cometa, e que mudava várias vezes de forma. A descoberta foi descrita num estudo publicado hoje na revista científica norte-americana Astrophysical Journal Letters.
(Esta notícia foi também publicada no site wort.lu/pt)
Investigadora do Minho premiada pela NASA e pela Agência Espacial Europeia
A investigadora portuguesa Ângela Abreu, da Universidade do Minho (UMinho), foi premiada pela Agência Aeroespacial Norte-Americana (NASA) e pela Agência Espacial Europeia por desenvolver um método "inovador e eficiente" de produção de hidrogénio "100% biológico" que pode ser utilizado para gerar eletricidade.
Em comunicado enviado no dia 6 deste mês à imprensa, a UMinho informa que Ângela Abreu foi distinguida com a Melhor Apresentação Oral do "Workshop Internacional sobre Ambiente e Energias Alternativas", que decorreu num dos polos da ESA, em Frascati, Itália, com o trabalho "Biohydrogen production using bionanocoatings for immobilizing highly efficient hydrogen-producing bacteria".
A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica da UMinho, ganhou ainda uma bolsa "travel grant" da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
"Os processos de produção de hidrogénio são sobretudo feitos a partir de combustíveis fósseis. O nosso processo é inovador por recorrer a resíduos orgânicos e a efluentes, ou seja, é 100% biológico", explica Ângela Abreu.
Segundo aquela cientista, "este bio-hidrogénio é um vetor energético que pode depois ser usado em células de combustível para produção de eletricidade, entre outras aplicações".
A UMinho explana ainda que o processo desenvolvido pela equipa de Ângela Abreu, que conta com a colaboração da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, "utiliza bactérias altamente eficientes, que conseguem decompor os resíduos orgânicos e, desta forma, produzir bio-hidrogénio".
Segundo explica, "uma grande mais-valia do projeto é a imobilização das bactérias nos reatores através de um revestimento de látex com nanoporos que permite a troca da matéria orgânica e do hidrogénio".
Ângela Abreu é licenciada em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com mestrado em Tecnologias Ambientais e o doutoramento em Engenharia Química e Biológica pela UMinho, em colaboração com a Universidade Técnica da Dinamarca. Actualmente é investigadora de pós-doutoramento no grupo BRIDGE do Centro de Engenharia Biológica da UMinho.
Ângela Abreu Foto: U. Minho |
Em comunicado enviado no dia 6 deste mês à imprensa, a UMinho informa que Ângela Abreu foi distinguida com a Melhor Apresentação Oral do "Workshop Internacional sobre Ambiente e Energias Alternativas", que decorreu num dos polos da ESA, em Frascati, Itália, com o trabalho "Biohydrogen production using bionanocoatings for immobilizing highly efficient hydrogen-producing bacteria".
A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica da UMinho, ganhou ainda uma bolsa "travel grant" da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
"Os processos de produção de hidrogénio são sobretudo feitos a partir de combustíveis fósseis. O nosso processo é inovador por recorrer a resíduos orgânicos e a efluentes, ou seja, é 100% biológico", explica Ângela Abreu.
Segundo aquela cientista, "este bio-hidrogénio é um vetor energético que pode depois ser usado em células de combustível para produção de eletricidade, entre outras aplicações".
A UMinho explana ainda que o processo desenvolvido pela equipa de Ângela Abreu, que conta com a colaboração da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, "utiliza bactérias altamente eficientes, que conseguem decompor os resíduos orgânicos e, desta forma, produzir bio-hidrogénio".
Segundo explica, "uma grande mais-valia do projeto é a imobilização das bactérias nos reatores através de um revestimento de látex com nanoporos que permite a troca da matéria orgânica e do hidrogénio".
Ângela Abreu é licenciada em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com mestrado em Tecnologias Ambientais e o doutoramento em Engenharia Química e Biológica pela UMinho, em colaboração com a Universidade Técnica da Dinamarca. Actualmente é investigadora de pós-doutoramento no grupo BRIDGE do Centro de Engenharia Biológica da UMinho.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Índia lança primeira missão a Marte esta terça-feira
Foto: AP |
O lançamento da 'Mars Orbiter Mission' não tripulada teve que ser adiada depois que a Agência Espacial Indiana (ISRO) informou em 20 de Outubro que não conseguiria realizá-lo cinco dias depois, em 28 de Outubro, conforme o esperado.
Dois navios indianos foram enviados para as ilhas Fiji, no Oceano Pacífico, para fazer um rastreamento constante do foguetão, mas um deles demorou a chegar ao local devido ao mau tempo.
"A 'Mars Orbiter Mission' foi re-agendada para 5 de Novembro e a nave espacial será lançada às 14h36 IST (hora local) do centro espacial de Sriharikota", declarou à AFP o porta-voz da ISRO, Deviprasad Karnik. A sonda de 1,3 toneladas será lançada a bordo de um foguetão de 350 toneladas de Sriharikota, na Baía de Bengala, a cerca de 80 km a nordeste de Chennai.
A missão marciana, que deverá durar nove meses, foi aprovada pelo governo indiano com um orçamento de 4,5 biliões de rúpias (73 milhões de dólares). Para a Índia, a missão representa um passo significativo do seu programa espacial, que já conseguiu enviar uma sonda para a Lua e desperta o orgulho nacional do país de 1,2 bilião de habitantes.
Mas os gastos com esta missão também têm recebido críticas, num país em que o governo luta para combater a pobreza que afecta grande parte da população, assim como importantes problemas de infra-estruturas.
A Índia junta-se assim a uma série de países que já enviou missões a Marte, como os Estados Unidos, Rússia, Japão e China.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Já foram descobertos mais de 1.000 exoplanetas em 20 anos
A barra psicológica dos mil exoplanetas descobertos até hoje foi transposta no dia 22 de Outubro, segundo o site Exoplanet.eu, portal do Observatório de Paris, que lista todos os planetas que foram descobertos fora dos sistema solar desde 1990.
No entanto, o portal não assinalou de qualquer forma o feito. Só quem costuma consultar o site regularmente, pôde notar que o milhar de planetas extrassolares foi ultrapassado simplesmente ao notar que de 21 para 22 de Outibro o número tinha saltado de 999 para 1010.
O exoplaneta n°1000 chama-se Wasp 99 e foi descoberto ao mesmo tempo que toda uma série de outros exoplanetas pelo Observatório sul-africano Wasp (Wide Angle Search for Planets).
Segundo disseram os astrónomos do Observatório de Paris à revista francesa Le Point, "o feito não foi assinalado, porque o termo de exoplaneta não é consensual entre cientistas e não é raro que alguns astros definidos como exoplanetas num primeiro tempo sejam mais tarde classificados de outra forma".
Por exemplo, há astrónomos que consideram que o primeiro exoplaneta foi descoberto em 1988 (Gamma Cephei Ab), outros em 1989 (HD 114762 b) e outros ainda em 1990 (PSR B1257+12 a & b).
Entretanto e desde 22 de Outubro, o número de exoplanetas registados já voltou a aumentar para 1038.
Segundo os astrónomos, apenas 12 destes mundos podem ter vida como a conhecemos. Os cientistas consideram que em menos de uma década será descoberto um planeta onde poderemos ter provas científicas que abriga a vida.
Existem sistemas estelares sem planetas e sistemas com apenas um planeta, mas 173 são sistema solares com vários mundos.
No entanto, o portal não assinalou de qualquer forma o feito. Só quem costuma consultar o site regularmente, pôde notar que o milhar de planetas extrassolares foi ultrapassado simplesmente ao notar que de 21 para 22 de Outibro o número tinha saltado de 999 para 1010.
O exoplaneta n°1000 chama-se Wasp 99 e foi descoberto ao mesmo tempo que toda uma série de outros exoplanetas pelo Observatório sul-africano Wasp (Wide Angle Search for Planets).
Segundo disseram os astrónomos do Observatório de Paris à revista francesa Le Point, "o feito não foi assinalado, porque o termo de exoplaneta não é consensual entre cientistas e não é raro que alguns astros definidos como exoplanetas num primeiro tempo sejam mais tarde classificados de outra forma".
Por exemplo, há astrónomos que consideram que o primeiro exoplaneta foi descoberto em 1988 (Gamma Cephei Ab), outros em 1989 (HD 114762 b) e outros ainda em 1990 (PSR B1257+12 a & b).
Entretanto e desde 22 de Outubro, o número de exoplanetas registados já voltou a aumentar para 1038.
Segundo os astrónomos, apenas 12 destes mundos podem ter vida como a conhecemos. Os cientistas consideram que em menos de uma década será descoberto um planeta onde poderemos ter provas científicas que abriga a vida.
Existem sistemas estelares sem planetas e sistemas com apenas um planeta, mas 173 são sistema solares com vários mundos.
domingo, 3 de novembro de 2013
Einstein desintegrou-se
A nave europia Albert Einstein (ATV-4) desintegrou-se, como previsto, durante a sua reentrada na atmosfera, neste sábado, numa região desabitada do Pacífico Sul, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA).
A nave de abastecimento europeia foi desacoplada na segunda-feira da Estação Espacial Internacional (ISS), onde atracou em 15 de Junho.
"O quarto Veículo de Transferência Automática (ATV) da ESA, baptizado Albert Einstein, concluiu a sua missão de cinco meses junto à ISS. Hoje fez a sua reentrada na atmosfera e desintegrou-se como planeado numa área desabitada do Pacífico Sul ", informou a ESA em comunicado.
"Albert Einstein realizou uma série de manobras delicadas para que os astronautas pudessem ver a sua descolagem nas camadas superiores da atmosfera, o que fornecerá dados únicos sobre fenómenos de reentrada atmosférica", indica o comunicado, acrescentando que "o ATV-4 se desintegrou com segurança na atmosfera no dia 2 de Novembro às 12h04 UT".
"A missão foi realizada com perfeição o que, como em qualquer missão espacial, representa um enorme sucesso para toda a equipa ATV", afirmou Alberto Novelli, chefe da missão ATV-4, citado pela ESA .
"A conclusão bem-sucedida desta quarta missão reflecte a maturidade do programa ATV e este novo sucesso abre o caminho para futuros projectos da ESA", acrescentou .
As manobras da nave europeia no espaço foram supervisionadas pelo centro de controlo, com sede em Toulouse (França), e gerido conjuntamente pela ESA e CNES.
Lançado em 5 de Junho a bordo de foguetão Ariane 5 a partir de Kourou (Guiana Francesa) , o ATV-4 transportou para a ISS uma carga de cerca de 7 toneladas de mantimentos (água, combustível, alimentos, equipamentos diversos) destinados aos astronautas que se revesam na ISS desde o ano 2000.
Com um peso total de 20,2 toneladas, esta foi a carga mais pesada já enviada pela Europa para o espaço. Cheio de todos os resíduos não perigosos gerados a bordo da ISS, a nave desintegrou-se finalmente na atmosfera, sob o efeito combinado do aquecimento devido à velocidade e pressão. Três ATV tiveram o mesmo destino: o Jules Verne, lançado em 2008, o Johannes Kepler, em 2011, e o Edoardo Amaldi, em 2012.
O ATV-4 Albert Einstein completou a sua missão com um recorde: deixou a ISS com a maior quantidade de lixo já carregado a bordo de uma nave.
O próximo veículo, o mais novo de uma série de cinco, é o ATV-5, a ser lançado em meados de 2014 foi baptizado Georges Lemaître, em homenagem ao físico belga que está na origem da teoria do Big Bang.
A nave de abastecimento europeia foi desacoplada na segunda-feira da Estação Espacial Internacional (ISS), onde atracou em 15 de Junho.
"O quarto Veículo de Transferência Automática (ATV) da ESA, baptizado Albert Einstein, concluiu a sua missão de cinco meses junto à ISS. Hoje fez a sua reentrada na atmosfera e desintegrou-se como planeado numa área desabitada do Pacífico Sul ", informou a ESA em comunicado.
"Albert Einstein realizou uma série de manobras delicadas para que os astronautas pudessem ver a sua descolagem nas camadas superiores da atmosfera, o que fornecerá dados únicos sobre fenómenos de reentrada atmosférica", indica o comunicado, acrescentando que "o ATV-4 se desintegrou com segurança na atmosfera no dia 2 de Novembro às 12h04 UT".
"A missão foi realizada com perfeição o que, como em qualquer missão espacial, representa um enorme sucesso para toda a equipa ATV", afirmou Alberto Novelli, chefe da missão ATV-4, citado pela ESA .
"A conclusão bem-sucedida desta quarta missão reflecte a maturidade do programa ATV e este novo sucesso abre o caminho para futuros projectos da ESA", acrescentou .
As manobras da nave europeia no espaço foram supervisionadas pelo centro de controlo, com sede em Toulouse (França), e gerido conjuntamente pela ESA e CNES.
Lançado em 5 de Junho a bordo de foguetão Ariane 5 a partir de Kourou (Guiana Francesa) , o ATV-4 transportou para a ISS uma carga de cerca de 7 toneladas de mantimentos (água, combustível, alimentos, equipamentos diversos) destinados aos astronautas que se revesam na ISS desde o ano 2000.
Com um peso total de 20,2 toneladas, esta foi a carga mais pesada já enviada pela Europa para o espaço. Cheio de todos os resíduos não perigosos gerados a bordo da ISS, a nave desintegrou-se finalmente na atmosfera, sob o efeito combinado do aquecimento devido à velocidade e pressão. Três ATV tiveram o mesmo destino: o Jules Verne, lançado em 2008, o Johannes Kepler, em 2011, e o Edoardo Amaldi, em 2012.
O ATV-4 Albert Einstein completou a sua missão com um recorde: deixou a ISS com a maior quantidade de lixo já carregado a bordo de uma nave.
O próximo veículo, o mais novo de uma série de cinco, é o ATV-5, a ser lançado em meados de 2014 foi baptizado Georges Lemaître, em homenagem ao físico belga que está na origem da teoria do Big Bang.
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DD - Documentários ao Domingo: Tudo o que sempre quis perguntar sobre a MIsssão Curiosity em Marte e nunca ousou perguntar
O rover Curiosity aterrou (amertissou?) em Marte em Agosto de 2012.
A série documentária "Nova", que estreou em 1974 e hoje vai já na sua 41a temporada, dedicou um dos seus episódios (temporada 40, episódio 4) à Missão do Curiosity em Marte e faz-nos visitar os bastidores da missão da Nasa, desde a criação do rover à escolha do local para aterrar a sonda e as zonas a explorar.
A série documentária "Nova", que estreou em 1974 e hoje vai já na sua 41a temporada, dedicou um dos seus episódios (temporada 40, episódio 4) à Missão do Curiosity em Marte e faz-nos visitar os bastidores da missão da Nasa, desde a criação do rover à escolha do local para aterrar a sonda e as zonas a explorar.
sábado, 2 de novembro de 2013
Cientista brasileiro liderou equipa que preparou o maior catálogo de estrelas da Via Láctea
Sabia que existe um catálogo que regista as 84 milhões de estrelas da nossa galáxia descobertas até hoje?
Uma equipa de astrónomos liderada por um brasileiro conseguiu criar um catálogo com 84 milhões de estrelas localizadas no centro da Via Láctea.
Este é o maior inventário já realizado até o momento e foi captado a partir do Observatório de Paranal, no norte do Chile.
O autor principal do estudo, que foi publicado na conceituada revista Astronomy & Astrophysics em Outubro 2012, é o astrofísico brasileiro Roberto K. Saito, nascido em Florianópolis e que faz parte da Pontíficia Universidade Católica do Chile.
A equipa de Saito contou, ainda, com a participação de outros três brasileiros: Beatriz Barbuy e Bruno Dias, dois pesquisadores da Universidade de São Paulo, e Marcio Catelan, da PUC-Chile.
Neste trabalho titanesco de catalogação, os astrónomos recorreram ao telescópio Vista, que possui um enorme espelho de 4,1 m de diâmetro e um amplo campo de visão, com detectores infra-vermelhos muito sensíveis.
Como o centro da nossa galáxia concentra muita poeira cósmica, o observatório só conseguiu uma imagem tão precisa como esta após combinar várias fotografias menores.
Segundo os autores do estudo, a detecção e o inventário desse número de estrelas permitirá uma compreensão e um conhecimento maiores da evolução da Via Láctea.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Último eclipse solar do ano é neste domingo e é parcialmente visível em Portugal
O último eclipse solar do ano ocorre neste domingo, sendo parcial na maior parte do mundo, incluindo Portugal, onde será de magnitude muito pequena, e total na África Equatorial, informou o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
O fenómeno apenas pode ser observado através de telescópios com filtros especiais. A observação directa pode provocar lesões oculares.
Em Portugal, como no resto do mundo, com excepção de África, apenas uma parte do Sol é ocultada pelo disco lunar, como se a Lua desse uma "dentada" no Sol, e, por isso, o eclipse é parcial.
No domingo, o céu parcialmente nublado, com "abertas", em Portugal, previsto pela meteorologia, não impede a observação do eclipse ao fim da manhã, período em que o fenómeno pode ser visto em território português, ainda que com muito pouca amplitude, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa.
Tanto o OAL como o Planetário do Porto, o Centro Ciência Viva de Constância e o Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra promovem, se o tempo ajudar, sessões gratuitas de observação com telescópios.
Segundo informação disponibilizada pelo Observatório Astronómico de Lisboa no seu portal, o eclipse parcial atinge em Portugal Continental o seu pico perto das 12h30 (+1h no Luxemburgo), mas somente com 2% a 5% do Sol a estar tapado pela Lua nas regiões Norte e Centro e 5% a 8% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
No território continental, o fenómeno inicia-se depois das 11h30 e termina pouco depois das 13h. O eclipse será um pouco maior nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, com a ocultação do Sol a rondar os 21% a 23% e a durar duas horas, mais meia hora face ao continente.
Na Madeira, a maior fase do eclipse ocorrerá ao meio-dia e nos Açores perto das 11h (hora local). Nas ilhas o fenómeno começa cerca das 10h (Açores)/11h (Madeira) e acaba perto das 12h (Açores)/13h17 (Madeira). Um eclipse solar como o de domingo é considerado raro, e designado híbrido, porque, além de poder ser total ou parcial, também pode ser anular.
"Isto deve-se ao facto de a sombra projetada na superfície terrestre se aproximar da Lua à medida que o eclipse percorre a curvatura da Terra", esclareceu à agência Lusa o director do Departamento de Mediação Científica do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, João Retrê.
Na África Equatorial, o fenómeno começa por ser anular (todo o disco da Lua encontra-se em frente ao disco do Sol, deixando à vista um anel de luz) para depois se tornar, nalguns pontos, total (o Sol está totalmente tapado pela Lua). Fenómeno bem visível em Cabo Verde Em São Tomé e Príncipe, mais de 90% do Sol estará tapado e, em Cabo Verde, sobretudo nas ilhas a sul (Brava, Fogo, Santiago e Maio), a ocultação será mais de 80%, de acordo com o site internet do Centro Ciência Viva de Constância.
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa directamente entre a Terra e o Sol. A órbita da Lua em redor da Terra é elíptica, pelo que a distância face ao "planeta azul" varia constantemente. João Retrê explicou que o eclipse solar anular ocorre "se a Lua se encontrar num ponto da sua órbita mais distante da Terra e o seu diâmetro aparente será inferior ao do Sol, não cobrindo todo o seu disco", sendo possível "observar um pequeno anel de luz em torno da silhueta escura da Lua".
Em contrapartida, o eclipse solar será total se "a Lua se encontrar num ponto da sua órbita mais perto da Terra", sendo que "a sua silhueta pode cobrir todo o disco solar".
(este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt)
Foto: Reuters |
O fenómeno apenas pode ser observado através de telescópios com filtros especiais. A observação directa pode provocar lesões oculares.
Em Portugal, como no resto do mundo, com excepção de África, apenas uma parte do Sol é ocultada pelo disco lunar, como se a Lua desse uma "dentada" no Sol, e, por isso, o eclipse é parcial.
No domingo, o céu parcialmente nublado, com "abertas", em Portugal, previsto pela meteorologia, não impede a observação do eclipse ao fim da manhã, período em que o fenómeno pode ser visto em território português, ainda que com muito pouca amplitude, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa.
Tanto o OAL como o Planetário do Porto, o Centro Ciência Viva de Constância e o Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra promovem, se o tempo ajudar, sessões gratuitas de observação com telescópios.
Segundo informação disponibilizada pelo Observatório Astronómico de Lisboa no seu portal, o eclipse parcial atinge em Portugal Continental o seu pico perto das 12h30 (+1h no Luxemburgo), mas somente com 2% a 5% do Sol a estar tapado pela Lua nas regiões Norte e Centro e 5% a 8% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
No território continental, o fenómeno inicia-se depois das 11h30 e termina pouco depois das 13h. O eclipse será um pouco maior nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, com a ocultação do Sol a rondar os 21% a 23% e a durar duas horas, mais meia hora face ao continente.
Na Madeira, a maior fase do eclipse ocorrerá ao meio-dia e nos Açores perto das 11h (hora local). Nas ilhas o fenómeno começa cerca das 10h (Açores)/11h (Madeira) e acaba perto das 12h (Açores)/13h17 (Madeira). Um eclipse solar como o de domingo é considerado raro, e designado híbrido, porque, além de poder ser total ou parcial, também pode ser anular.
"Isto deve-se ao facto de a sombra projetada na superfície terrestre se aproximar da Lua à medida que o eclipse percorre a curvatura da Terra", esclareceu à agência Lusa o director do Departamento de Mediação Científica do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, João Retrê.
Na África Equatorial, o fenómeno começa por ser anular (todo o disco da Lua encontra-se em frente ao disco do Sol, deixando à vista um anel de luz) para depois se tornar, nalguns pontos, total (o Sol está totalmente tapado pela Lua). Fenómeno bem visível em Cabo Verde Em São Tomé e Príncipe, mais de 90% do Sol estará tapado e, em Cabo Verde, sobretudo nas ilhas a sul (Brava, Fogo, Santiago e Maio), a ocultação será mais de 80%, de acordo com o site internet do Centro Ciência Viva de Constância.
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa directamente entre a Terra e o Sol. A órbita da Lua em redor da Terra é elíptica, pelo que a distância face ao "planeta azul" varia constantemente. João Retrê explicou que o eclipse solar anular ocorre "se a Lua se encontrar num ponto da sua órbita mais distante da Terra e o seu diâmetro aparente será inferior ao do Sol, não cobrindo todo o seu disco", sendo possível "observar um pequeno anel de luz em torno da silhueta escura da Lua".
Em contrapartida, o eclipse solar será total se "a Lua se encontrar num ponto da sua órbita mais perto da Terra", sendo que "a sua silhueta pode cobrir todo o disco solar".
(este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt)
Astrónomos dizem que Kepler 78b é um planeta infernal
Representação de artista de Kepler 78b |
É aliás o primeiro exoplaneta até hoje descoberto mais parecido com a Terra pela sua dimensão e composição. Kepler 78b é ligeiramente maior (1,2) do que a Terra.
Kepler 78b situa-se na constelação da Lira (no nosso céu nocturno), a cerca de 400 anos-luz da Terra.
Os cientistas consideram que este exoplaneta (planeta fora do nosso sistema solar) é quase um irmão gémeo da Terra, mas nunca será habitável pelo ser humano. Por estar demasiado próximo da sua estrela, a sua superífice parece o inferno, comparam os astrónomos, à semelhança de planetas como Mercúrio ou Vénus.
Lançado em 2009 pela Nasa, o telescópio espacial Kepler descobriu, durante sua missão, biliões de candidatos possíveis entre os planetas rochosos.
No entanto, embora seja relativamente fácil determinar o seu tamanho, é muito mais difícil conhecer as suas características.
O planeta Kepler 78b é uma excepção à regra porque está em órbita muito perto da sua estrela - daí a sua temperatura infernal -, em torno do qual faz uma órbita completa em apenas oito horas e meia. Essa particularidade permitiu a duas equipas diferentes de astrónomos de observar o exoplaneta e calcular a sua massa, entre 1,69 e 1,86 vez a da Terra, segundo estudos publicados na quarta-feira na revista Nature.
Os cálculos dão ao planeta uma densidade quase idêntica à da Terra, ou seja, 5,5 gramas por centímetro cúbico. Essa densidade indica que Kepler 78b, assim como o planeta Terra, provavelmente é formado por rochas de ferro.
Embora no estado actual dos conhecimentos não haja nenhuma possibilidade de existir vida na sua superfície, "Kepler 78b constitui um sinal animador para a busca de mundos habitáveis fora do nosso sistema solar", diz Drake Deming, astrónomo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, num comentário que não foi publicado na revista Nature.
Segundo Deming, a existência desse planeta hostil "tem pelo menos o mérito de mostrar que planetas extra-solares (ou exoplanetas) com uma constituição semelhante à da Terra não constituem um facto extraordinário" na Via Láctea (a nossa galáxia) e que é possível encontrar alguns com critérios mais compatíveis com alguma forma de vida.
Um dos objectivos dos astrónomos e astrofísicos é um dia encontrar uma segunda "Terra", um planeta tão semelhante ao nosso, que pode ter vida como a conhecemos. A busca faz-se diariamente entre milhões de exoplanetas presentes na galáxia.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Nasa publica vídeo sobre erupção solar gigante
A Nasa publicou no Youtube, na quinta-feira, as imagens impressionantes da última grande erupção solar, filmadas entre 29 e 30 de Setembro.
As erupções solares são ejecções de massa coronal do Sol, explosões que soltam plasma ionizado no espaço a uma velocidade de 850 km por segundo.
As erupções solares e a sua intensidade têm vindo a aumentar neste último ano já que o Sol começou um novo ciclo de actividade que vai atingir ainda neste ano de 2013 o seu máximo. Estes ciclos acontecem de 11 em 11 anos.
As erupções solares são ejecções de massa coronal do Sol, explosões que soltam plasma ionizado no espaço a uma velocidade de 850 km por segundo.
As erupções solares e a sua intensidade têm vindo a aumentar neste último ano já que o Sol começou um novo ciclo de actividade que vai atingir ainda neste ano de 2013 o seu máximo. Estes ciclos acontecem de 11 em 11 anos.
domingo, 27 de outubro de 2013
DD - Documentários ao Domingo : Como se formam os planetas?
Há oito planetas no nosso sistema solar, mas podem existir centenas de milhões só na nossa galáxia.
Os astrónomos já descobriram quase mil planetas desde meados dos anos 1990, mas este é apenas o começo que já chamam "a época dourada do descobrimento de planetas".
Já foram descobertos planetas tão próximos da sua estrela que não deveriam existir, planetas que orbitam duas estrelas e até um planeta-oceano. Mas como se formam os planetas, se todos se formam da mesma matéria e da mesma maneira?
Este documentário faz parte da mini-série "How the Universe Works" (temporada 1, episódio 5), que passou em 2010 no Discovery Channel.
Os astrónomos já descobriram quase mil planetas desde meados dos anos 1990, mas este é apenas o começo que já chamam "a época dourada do descobrimento de planetas".
Já foram descobertos planetas tão próximos da sua estrela que não deveriam existir, planetas que orbitam duas estrelas e até um planeta-oceano. Mas como se formam os planetas, se todos se formam da mesma matéria e da mesma maneira?
Este documentário faz parte da mini-série "How the Universe Works" (temporada 1, episódio 5), que passou em 2010 no Discovery Channel.
sábado, 26 de outubro de 2013
"Gravity", de Alfonso Cuarón
À primeira vista, um filme sobre astronautas a trabalhar na ISS na órbita da Terra podia deixar pensar que nos iríamos aborrecer. É o que costuma acontecer a quem assiste aos diferidos das missões da Nasa, quando difundidas na televisão no Science ou no Discovery Channel.
Mas o filme é um bom compromisso entre realismo e entretenimento, graças ao talento do realizador Alfonso Cuarón e de actores como George Clonney e Sandra Bullock. Temos o astronauta veterano (Clooney), com as suas piadas que tentam aligeirar o perigo constante que é trabalhar no espaço, e temos a "rookie" (Bullock), que está a fazer o seu baptismo no vazio. Mas o realizador não parece interessado em explorar em profundidade as personagens, como se fossem meros actores secundários.
Uma das coisas que mais me impressionou foram os silêncios. Porque no espaço não havendo ar, não há som. Por vezes, o único ruído que o astronauta ouve é a sua própria respiração. Respirar também é uma palavra-chave neste filme. Nunca um "huit clos" claustrofóbico se desenrolou num espaço tão vasto e tão aberto. A sensação de podermos sufocar a cada segundo é permanente.
Ficamos também de respiração cortada quando o filme nos enche os olhos de imagens fantásticas, lindíssimas do nosso planeta, do contorno dos continentes nos oceanos, das montanhas que vistas de cima parecem baixos relevos, das nuvens brancas e imensas derivando, das cores intensas de que a nossa Terra é feita quando comparadas com o pano de fundo escuro, negro, sem luz e sem cor do espaço que a rodeia e de quão pequenos somos ao lado da imensidade da criação e do Universo.
Outro dos pontos positivos deste filme é que nos mostra que apesar de a corrida ao espaço ter começado há 60 anos, apesar de já termos construído uma estação internacional a orbitar em volta da Terra e de colocarmos diariamente em órbita satélites, ainda estamos muito longe de dominarmos completamente o voo espacial, somos ainda pioneiros de uma bela história por escrever, somos Vascos da Gama e Bartolomeus Dias que mal deixaram a praia, e as viagens intergalácticas, que nos parecem óbvias e fáceis porque assim nos habituou a ficção-científica, não o são e, muito pelo contrário, qualquer gesto em falso no vazio pode ser-nos fatal.
Uma das outras personagens importantes do filme é a que dá título à obra, a gravidade, que nos acompanha das "margens do oceano cósmico", como gostava de lhe chamar Carl Sagan, até às águas do lago na cena final do filme. No derradeiro instante, a personagem principal cede o grande plano à areia, à t(T)erra, à gravidade, que é afinal a verdadeira protagonista deste filme.
JLCorreia
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Descoberta a galáxia mais distante no universo
Imagem: Mosfire/Keck |
Ou seja, na realidade aquela galáxia pode até já nem existir porque o que vemos é a luz que nos chega dela. Como essa luz demorou cerca de 13.100 milhões de anos a chegar até nós, actualmente o algomerado de estrelas pode até já nem existir.
A distância da galáxia, baptizada como z8-GND-5296, foi confirmada, de forma inédita, por um espectrógrafo, aparelho que faz o registo fotográfico de um espectro luminoso. A galáxia (conjunto de estrelas que pode ir do milhar ao bilião de estrelas) foi detectada entre 43 candidatas, através de imagens infravermelhas captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, com a sua distância a ser confirmada pelas observações realizadas com o espectrógrafo MOSFIRE do Telescópio Keck, no Havai.
A equipa de astrónomos liderada por Steven Finkelstein, da Universidade do Texas, e Dominik Riechers, da Universidade de Cornell, em Nova Iorque, observou também que a galáxia tem uma taxa de formação de estrelas "surpreendentemente alta", 300 vezes por ano a massa do Sol, comparativamente com a da Via Láctea (a nossa galáxia), que forma anualmente entre duas a três estrelas.
Para Steven Finkelstein, "estas descobertas dão pistas sobre o nascimento do Universo e sugerem que este pode ter zonas com uma formação de estrelas mais intensa do que se pensava".
(Este artigo foi igualmente publicado no site www.wort.lu/pt)
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Curiosity fotografou passagem da lua marciana Phobos à frente do Sol
O rover Curiosity está desde Agosto de 2012 em Marte e quando o terreno não apresenta novidades ou curiosidades a estudar, o controlo de missão na Terra, activa os comandos para que o rover-robot faça fotorgrafias do céu marciano.
Foi assim que chegaram recentemente fotos impressionantes da passagem de uma das luas de Marte, Phobos (a outra é Deimos), à fente do Sol, numa espécie de eclipse bizarra aos nossos olhos de terráqueos.
Quanto à actualidade marciana desta semana, está toda de olhos postos na activação, pela primeira vez em 14 meses, do piloto automático do Curiosity. O mecanismo denomina-se "autonav" e é idêntico ao do rover Opportunity, que está actualmente a explorar uma outra região de Marte.
A equipa da Nasa resvolveu testar o autonave do Curiosity e decidiu fazê-lo agora, depois de certificar-se que o terreno não apresentava surpresas ou perigos.
O rover pode escolher o seu itinerário entre os pontos de partida e de chegada fixados pela Nasa. O rover analisou as fotografias que já fez à região, estudou a geometria do terreno e escolheu um itinerário.
O interesse do autonav é o Curiosity explorar terreno sem que a missão de controlo na Terra tenha que analisar a região antes de cada trajecto poder ser percorrido pelo robot.
O objectivo dos 7 km de trajecto a percorrer em piloto automático é chegar ao sopé do Monte Sharp, num sítio denominado "Entry Point", o que deverá acontecer no final deste ano.
O Curiosity encontra-se há dois meses a proximidades do Monte Sharp, a uma velocidade que nunca ultrapassa os 0,270 km/hora.
Foi assim que chegaram recentemente fotos impressionantes da passagem de uma das luas de Marte, Phobos (a outra é Deimos), à fente do Sol, numa espécie de eclipse bizarra aos nossos olhos de terráqueos.
Quanto à actualidade marciana desta semana, está toda de olhos postos na activação, pela primeira vez em 14 meses, do piloto automático do Curiosity. O mecanismo denomina-se "autonav" e é idêntico ao do rover Opportunity, que está actualmente a explorar uma outra região de Marte.
A equipa da Nasa resvolveu testar o autonave do Curiosity e decidiu fazê-lo agora, depois de certificar-se que o terreno não apresentava surpresas ou perigos.
O rover pode escolher o seu itinerário entre os pontos de partida e de chegada fixados pela Nasa. O rover analisou as fotografias que já fez à região, estudou a geometria do terreno e escolheu um itinerário.
O interesse do autonav é o Curiosity explorar terreno sem que a missão de controlo na Terra tenha que analisar a região antes de cada trajecto poder ser percorrido pelo robot.
O objectivo dos 7 km de trajecto a percorrer em piloto automático é chegar ao sopé do Monte Sharp, num sítio denominado "Entry Point", o que deverá acontecer no final deste ano.
O Curiosity encontra-se há dois meses a proximidades do Monte Sharp, a uma velocidade que nunca ultrapassa os 0,270 km/hora.
domingo, 20 de outubro de 2013
DD - Documentários ao Domingo: O futuro do nosso Sol
O episódio 8 da temporada 5 da série "The Universe" mostra como a anã amareal que é o nosso Sol vai evoluir, crescer e desaparecer.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Astrónomos observam planeta em formação a 337 anos-luz
Representação artística de um proto-planeta/Imagem: ESO |
Os astrónomos tinham já determinado no fim dos anos 1990 que a estrela tinha um exoplaneta (HD100546-A?), mas recentemente um novo corpo celeste foi descoberto no seu sistema solar nascente.
Trata-se de um proto-planeta, ou seja de um planeta em formação, que por enquanto não é mais do que uma esfera em solidificação, mas já com uma massa várias vezes a do nosso planeta.
O novel planeta (HD100546-B?) está a nascer no meio dos discos de gases e poeiras da sua estrela, onde absorve matéria pela sua força de gravidade e acção de formação. Os astrónomos estimam que dentro de centenas de milhares de anos o proto-planeta deverá tornar-se uma gigante gasosa várias vezes maior do que Júpiter.
O exoplaneta foi fotografado ete ano por Sascha Quanz, da Escola Politécnica de Zurique, através do Very Large Telescope, da ESO, situado no Chile, e é a primeira verdadeira oportunidade de estudar a formação de planetas "ao vivo".
No nosso céu nocturno situa-se na Constelação da Musca (hemisfério Sul).
Veja a representação artística em vídeo.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Complexo de onde Neil Armstrong descolou para a Lua está à venda
O local de lançamento, de onde descolou a Missão Apolo 11, com Neil Armstrong a bordo, em direcção da Lua, em 1969, está à venda.
O complexo situa-se junto ao Centro Espacial Kennedy da Nasa, em Cabo Canaveral, na Flórida e custa 100 mil dólares mensais só em manutenção.
Quando a Nasa colocou o local à venda, esperava ficar aliviada dessas despesas até ao final de Setembro deste ano. Mas uma batalha entre dois milionários que querem comprar aquelas instalações está a dificultar a venda, já que cada um está a accionar os seus lóbis junto do congresso norte-americano.
Um deles é Elon Musk, proprietário da empresa SpaceX (Space Exploration Technologies, fundada em 2002), que pretende utilizar o complexo para lançar os seus foguteões Falcon para a estação espacial internacional (ISS), assegurando assim o abastecimento e o transporte de astronautas para a ISS, assegurando assim um proveitoso contrato com a Nasa.
Musk, que lançou a empresa de compra em linha Paypal e a fábrica de automóveis eléctricos Tesla Motors, quer construir uma base de lançamento no Texas. Mas enquanto a base texana visa os lançamentos comerciais, o complexo 39A serviria para os seus lançamentos sob contrato da Nasa.
Musk acusa o seu concorrente de nem sequer ter conseguido um voo orbital, enquanto que os seus Falcons já fizeram várias viagens à ISS, além de a SpaceXd ispor de uma carteira de mais de 50 clientes.
Por seu lado, Jeff Bezos, fundador da Amazon, quer adquirir a base de lançamento para a sua empresa Blue Origin. Esta empresa, fundada em 2000, está a trabalhar no fabrico de um vai-vem sub-orbital reutilizável (à semelhança do Space Shuttle), chamado "New Shepard". Uma nave fez um teste de voo em 2006 e um segundo aparelho foi testado em 2011.
Em Outubro do ano passado, ao saber que o complexo de lançamento tinha sido posto à venda, a Blue Origin protestou junto do Governo federal norte-americano, para que a sua oferta de compra da base fosse considerada em pé de igualdade com a SpaceX.
A Blue Origin tem atrás de si o apoio da Lockheed Martin e da Boeing, cujo monopólio no fabrico e venda ao Governo de aparelhos aéreos e satélites é disputado pela SpaceX.
O Serviço de Auditorias e Inquéritos Internos do Governo americano (GAO) vai discutir o assunto em 12 de Dezembro e deverá decidir a que empresa a Nasa pode vender o complexo 39A.
O complexo situa-se junto ao Centro Espacial Kennedy da Nasa, em Cabo Canaveral, na Flórida e custa 100 mil dólares mensais só em manutenção.
Quando a Nasa colocou o local à venda, esperava ficar aliviada dessas despesas até ao final de Setembro deste ano. Mas uma batalha entre dois milionários que querem comprar aquelas instalações está a dificultar a venda, já que cada um está a accionar os seus lóbis junto do congresso norte-americano.
Um deles é Elon Musk, proprietário da empresa SpaceX (Space Exploration Technologies, fundada em 2002), que pretende utilizar o complexo para lançar os seus foguteões Falcon para a estação espacial internacional (ISS), assegurando assim o abastecimento e o transporte de astronautas para a ISS, assegurando assim um proveitoso contrato com a Nasa.
Musk, que lançou a empresa de compra em linha Paypal e a fábrica de automóveis eléctricos Tesla Motors, quer construir uma base de lançamento no Texas. Mas enquanto a base texana visa os lançamentos comerciais, o complexo 39A serviria para os seus lançamentos sob contrato da Nasa.
Musk acusa o seu concorrente de nem sequer ter conseguido um voo orbital, enquanto que os seus Falcons já fizeram várias viagens à ISS, além de a SpaceXd ispor de uma carteira de mais de 50 clientes.
Por seu lado, Jeff Bezos, fundador da Amazon, quer adquirir a base de lançamento para a sua empresa Blue Origin. Esta empresa, fundada em 2000, está a trabalhar no fabrico de um vai-vem sub-orbital reutilizável (à semelhança do Space Shuttle), chamado "New Shepard". Uma nave fez um teste de voo em 2006 e um segundo aparelho foi testado em 2011.
Em Outubro do ano passado, ao saber que o complexo de lançamento tinha sido posto à venda, a Blue Origin protestou junto do Governo federal norte-americano, para que a sua oferta de compra da base fosse considerada em pé de igualdade com a SpaceX.
A Blue Origin tem atrás de si o apoio da Lockheed Martin e da Boeing, cujo monopólio no fabrico e venda ao Governo de aparelhos aéreos e satélites é disputado pela SpaceX.
O Serviço de Auditorias e Inquéritos Internos do Governo americano (GAO) vai discutir o assunto em 12 de Dezembro e deverá decidir a que empresa a Nasa pode vender o complexo 39A.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Primeiras imagens de televisão desde o espaço aconteceram há 45 anos
Faz hoje 45 anos que teve lugar a primeira emissão televisiva do espaço, a partir da nave espacial norte-americana Apollo VII.
Em 1968, a Apollo VII foi a nave de todas as estreias.
Apollo VII foi a primeira missão tripulada da Missão Apollo, bem como a primeira missão tripulada norte-americana com três astronautas, após a tragédia com a Apollo 1, em Janeiro de 1967.
A missão durou 11 dias e foi ainda a primeira a utilizar o potente foguetão Saturno, que viria a ser utilizado em todas as missões Apollo.
A Apolo VII serviu de vôo-teste para a viagem à Lua. Orbitou a Terra 163 vezes, testando os sistemas de suporte à vida, de controle e propulsão da nave.
Outra estreia, foi nesta missão que um dos astronautas, Walter Schirra, se tornou o primeiro e único astronauta da NASA a participar em todos os programas espaciais tripulados dos Estados Unidos até então, Mercury, Gemini e Apollo.
Em 1968, a Apollo VII foi a nave de todas as estreias.
Apollo VII foi a primeira missão tripulada da Missão Apollo, bem como a primeira missão tripulada norte-americana com três astronautas, após a tragédia com a Apollo 1, em Janeiro de 1967.
A missão durou 11 dias e foi ainda a primeira a utilizar o potente foguetão Saturno, que viria a ser utilizado em todas as missões Apollo.
A Apolo VII serviu de vôo-teste para a viagem à Lua. Orbitou a Terra 163 vezes, testando os sistemas de suporte à vida, de controle e propulsão da nave.
Outra estreia, foi nesta missão que um dos astronautas, Walter Schirra, se tornou o primeiro e único astronauta da NASA a participar em todos os programas espaciais tripulados dos Estados Unidos até então, Mercury, Gemini e Apollo.
Donn Eisele, Walter Schirra, Walter Cunningham Foto: Nasa |
Grasshoper pode vir a ser o sucessor do Space Shuttle
Desde que a Nasa deu por encerrado em 2011 o programa Space Shuttle, várias são as empresas que estão a tentar desenvolver uma nave que tenha as mesmas vantagens sem as devantagens do vai-vem: ir e voltar do espaço, mas sem os custos do Shuttle.
A SpaceX criou o Grasshoper, que voltou a testar na semana passada. Veja o vídeo.
Enquanto a maior parte das naves actualmente utilizadas para os voos orbitais largam os seus motores na alta atmosfera, o Grasshoper foi concebido pela empresa privada SpaceX para ser lançado até à órbita baixa da Terra e regressar intacto.
Pela sua concepção, o Grasshoper pode vir a ser o sucessor do Space Shuttle, cujo último voo aconteceu em Julho de 2011. O programa do vai-vem espacial Space Shuttle foi encerrado devido aos elevados custos que envolvia.
Os concpetores do Grasshoper prometem que este tem as mesmas vantagens do Shuttle - ir e voltar do espaço - sem as devantagens - os custos elevados.
A nave Grasshopper consiste num foguetão Falcon 9 (um primeiro andar para o combustível), um motor Merlin 1D, quatro pés em aço e alumínio para aterragem com sistema hidráulico, e uma estrutura de apoio em aço.
(Este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt)
A SpaceX criou o Grasshoper, que voltou a testar na semana passada. Veja o vídeo.
Enquanto a maior parte das naves actualmente utilizadas para os voos orbitais largam os seus motores na alta atmosfera, o Grasshoper foi concebido pela empresa privada SpaceX para ser lançado até à órbita baixa da Terra e regressar intacto.
Pela sua concepção, o Grasshoper pode vir a ser o sucessor do Space Shuttle, cujo último voo aconteceu em Julho de 2011. O programa do vai-vem espacial Space Shuttle foi encerrado devido aos elevados custos que envolvia.
Os concpetores do Grasshoper prometem que este tem as mesmas vantagens do Shuttle - ir e voltar do espaço - sem as devantagens - os custos elevados.
A nave Grasshopper consiste num foguetão Falcon 9 (um primeiro andar para o combustível), um motor Merlin 1D, quatro pés em aço e alumínio para aterragem com sistema hidráulico, e uma estrutura de apoio em aço.
(Este artigo foi igualmente publicado no site wort.lu/pt)
domingo, 13 de outubro de 2013
DD - Documentários ao Domingo : Como nasceu o Sistema Solar?
O Sistema Solar foi criado há cerca de 4,6 mil milhões de anos. Mas o que o originou e como se constituiu?
É o episódio 3 da temporada 3 da série "The Universe".
É o episódio 3 da temporada 3 da série "The Universe".
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